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Faltam poucos dias para o 12º CONEG da UBES!


Na próxima sexta-feira, 4 de setembro, no Rio de Janeiro, tem início o 12º Conselho Nacional de Entidades Gerais (CONEG). Até dia 6 a Universidade do Estado do Rio de Janeiro vai receber estudantes secundaristas de todo o país, e ainda representantes da Colômbia, Peru e Bolívia.



Além de debater temas de interesse dos secundaristas brasileiros, o 12º CONEG acontecerá simultaneamente ao 1º Encontro Latino-Americano e Caribenho de Estudantes Secundaristas. Será a oportunidade de trocar informações e experiências com colegas latino-americanos e caribenhos.



Também nesta edição do evento haverá uma profunda reflexão sobre a Conferência Nacional de Educação (Confecom), buscando o protagonismo dos estudantes nesse importante momento. E será no CONEG a convocação para o 38º Congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, estimulando a participação de estudantes de todo o país. Convide seu grêmio ou entidade para participar!



Leia com atenção o regimento do 12º CONEG. Em caso de dúvidas, entre em contato com a UBES: comunicacao@ubes.org.br . Siga a entidade também pelo Twitter: http://twitter.com/comunicacaoubes



12º CONEG e 1º Encontro Latino Americano de Estudantes Secundaristas

Data: de 4 a 6 de setembro

Local:UERJ



Confira abaixo a programação dos três dias do evento e os assuntos que serão debatidos.







PROGRAMAÇÃO COMPLETA



4 de setembro - Sexta-feira

07:00 às 09:00 - Chegada, credenciamento das delegações e café da manhã.

Local – Secretaria (sub-solo da Capela) e cantina 11 andar UERJ



10:00 às 12:00 - Ato “Ensino Médio Inovador”:

Presenças: Eduardo Paes (Prefeito Rio de Janeiro), Sérgio Cabral (Governador do Estado do Rio de Janeiro), Maria Auxiliadora Seabra Rezende (Consed), Fernando Haddad (Ministro da Educação), Antonio Cesar Russi Callegari (CNE) e Marco Antonio Raupp (SBPC), Augusto Chagas (UNE), Hugo Valadares (ANPG), Igor Bruno (Coord. de Juv. Rio de Janeiro), Tereza Porto (Secretária Estadual de Educação / RJ), Davi Barro (Pres. CONJUVE).

Local - Teatro Odylo Costa UERJ



12:00 às 14:00 – Almoço

Local – Cantina 11 andar UERJ



14:00 às 16:00 – Mesa “Experiências educacionais na América Latina e Caribe”

Com: Carlos Simões (Ministério da Educação), Ivana de Siqueira (Organização dos Estados Ibero-Americano, (Equador).

Local - Teatro Odylo Costa UERJ



16:00 às 17:00 – Intervalo Cultural.

Local – Área aberta UERJ



17:00 às 19:00 - Intervenções internacionais especiais e atividades esportivas.

Local – Capela da UERJ e quadras poliesportivas



19:00 às 20:00 – Jantar.

Local – Cantina 11 andar UERJ



20:00 às 24:00 – Atividade Cultural – Bateria da Mangueira.

Local – Concha Acústica da UERJ



5 de setembro - Sábado

07:00 às 09:00 - Café da manhã.

Local – Cantina 11 andar UERJ



10:00 às 12:00 - Mesa “América Latina e Caribe: desafios e perspectivas”

Com: Embaixador Gonçalo Mello Mourão (Ministério das Relações Exteriores), Carlos E. Trejo Sosa (Cônsul de Cuba), Emir Sader (Presidente da Clacso), Enrique Daza (Aliança Social Continental).

Local - Teatro Odylo Costa UERJ



12:00 às 14:00 – Almoço.

Local – Cantina 11 andar UERJ



14:00 às 16:00 – Mesa “Construindo um Sistema Nacional Articulado de Educação”

Com: Augusto Chagas (UNE), Francisco das Chagas Fernandes (Coordenador da Conferencia Nacional de Educação), Roberto Franklin de Leão (CNTE), Daniel Caara (Campanha nacional pelo direito a educação).

Local - Teatro Odylo Costa UERJ



16:00 às 17:00 – Intervalo Cultural.

Local - Área aberta UERJ



17:00 às 20:00 – Grupos de discussão (Comunicação, Cultura e Esporte, Combate as opressões, Meio ambiente, Finanças, 2 Movimento Estudantil, Relações internacionais).

Local – 8 Salas de aula UERJ



20:00 às 21:00 – Jantar.

Local – Cantina 11 andar UERJ



21:00 às 24:00 – Atividade Cultural – Noite Funk.

Local – Concha Acústica da UERJ



6 de setembro - Domingo

07:00 às 09:00 - Café da manhã.

Local – Cantina 11 andar UERJ



10:00 às 11:00 – “Ato em defesa da Cultura”

Com: Juca Ferreira (Ministro da Cultura), Manoel Rangel (Presidente da ANCINE), Alexandre Santini (Coord. Geral do CUCA).

Local - Teatro Odylo Costa UERJ



11:00 às 12:00 – Resolução Internacional do Encontro

Local - Teatro Odylo Costa UERJ



12:00 às 14:00 – Almoço

Local – Cantina 11 andar UERJ



14:00 às 16:00 - Plenária Final

Local - Teatro Odylo Costa UERJ



16:00 às 17:00 - Plenária Final

Local - Teatro Odylo Costa UERJ

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Coisas que alguém não quer ver, ou faz que não ver



Por Francisco Panthio ( Presidente da UJS de Cruzeiro do Sul - Ac)
Muito me admiro! quando vejo alguns veículos de comunicação de Cruzeiro do Sul descascarem o Governo da Frente Popular, de uma forma que chega a ser estúpido para quem se diz jornalista,o que é um desrrespeito com os profissionais de verdade. Aqueles que analizam com pelo ao menos um controle emocional. Concordamos sim com alguns fatos, que chegam a ser absurdos mesmo, o tratamento dado em algumas políticas públicas, para uma cidade que é a segunda maior do estado.

Mas não precisa ser jornalista para observar, que a gestão municipal ainda não encontrou uma brecha na caverna, para que possa ver a luz do sol, Mas deixa pra lá. É verdade que,não é admissível que uma maternidade passando por uma reforma do tamanho da nossa, continue funcionando com a rotina de partos normal. Temos que criticar? temos sim; e também percebemos que as obras do governo na região algumas estão calejando. Por exemplo o PÓLO MOVELEIRO.

Mas do lado de cá, vemos uma administração municipal desorganizada, fazendo apenas os serviços básicos, que é: coleta de lixo e colocar uma lâmpada aqui outra por lá. Os mesmos jornalistas que tanto democratizam as informações, não foram pra ruas ouvir o povo, o que eles acharam da atitude do Prefeito,quando ele retirou a única marca da nossa história e deu um pisão no barrismo do cruzeirense, retirando a estátua do Marechal. Os postos de Saúde estão um Deus nos acuda, prova disso é o recorde de atendimentos feitos no posto da 25 de Agosto, que por sinal lá funciona também uma espécie de TFD dos eleitores da Deputada, que tem prioridade nas marcações.

Ele ainda tem a coragem de comemorar! claro que só poderia subir o número de procedimentos, se os postos dos bairros não funcionam! esperar pelo o Sindicato da categoria? quem esperar vai cansar, pois seu dirigente estar muito bem alojado com um belo cargo de confiança. Nem sei se isso é constitucional. Mas como as atitudes nesse poder tem sido daí pra pior, não adianta esperar por coisas melhores.

Os Pregões licitações, isso não existe, vai no quebra mesmo, são carros de Diretores alugados, escolas reformadas sem licitações,e o nepotismo corre solto! Os vereadores precisam mostrar pra que vieram. Alguns estão alojando a parentada a troco da fidelidade. Precisam lembrar que, quatro anos passa rapidinho, inclusive alguns quase não saem de casa para as sessões, com tamanha buraqueira em suas própias ruas. Mas quem aluga a língua não fala o que quer. Alguns tem a postura de verdadeiro legislador, mas infelismente são engolidos pela maioria. Mas o eleitor é Juiz em frente a urna, muitas das vezes a pena é indesejada, mas aí já era.

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Moradores de rua tacam fogo na revista Veja; veja o vídeo

Vídeo publicado no YouTube mostra moradores de rua em manifestação na Praça da Sé, no Centro de São Paulo, ateando fogo na revista Veja, da editora Abril. A manifestação ocorreu na quinta-feira (19), Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua.


Foi um protesto sobretudo contra a reportagem "Profissionais da esmola", publicada na edição 2.126, da semana passada, da Veja São Paulo, que vem encartada na revista. No texto — que foi a matéria de capa —, a publicação acusa moradores de rua de "se fantasiar com uma roupa surrada" para ganhar "dinheiro fácil".

O fato de o artigo 60º da Lei das Contravenções Penais — que qualificava a mendicância como contravenção — ter sido revogado em 17 de julho é ponto de partida do texto. Em protesto contra o teor manipulatório e generalizador da matéria, cerca de 200 moradores de rua incendiaram páginas da revista.

O ato lembrou também um genocídio que permanece impune. “Entre os dias 19 e 22 de agosto de 2004, 15 pessoas foram violentamente atacadas enquanto dormiam nas ruas do Centro da cidade, sendo que sete delas morreram. Posteriormente, no dia 23 de maio de 2005, uma testemunha do massacre foi morta por policiais militares”, lembra o vídeo. “Organizações e movimentos sociais estão juntos no dia de hoje para denunciar a morosidade, o descaso, a omissão das autoridades na punição dos culpados.”

O vídeo foi publicado pelo perfil "Gira" e inclui a música Esmola, de Duda e Moleque de Rua. Além da revista em chamas, lideranças dos moradores de rua qualificam a publicação de "fascista" e lembram as calúnias da Veja dirigidas ao padre Julio Lancelotti em 2007.

Fonte: VERMELHO

América Latina


Chávez prepara ruptura com Colômbia: 'Bases são declaração de guerra'
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, assegurou nesta terça-feira (25) que a ruptura definitiva das relações com a Colômbia é iminente, por conta do acordo para a utilização bases militares fechado com os EUA. Segundo Chávez, o pacto militar é uma "declaração de guerra". A decisão da Venezuela ocorre apenas três dias antes da cúpula da Unasul (União das Nações da América do Sul) de Bariloche, na Argentina, onde os líderes do bloco discutirão o tema.

Durante o ato de despedida do embaixador cubano na Venezuela, Germán Sánchez, realizado no palácio de Miraflores, sede do governo, Chávez pediu que fosse "preparada a ruptura de relações com a Colômbia", porque é algo que vai acontecer em um futuro. "É preciso preparar a ruptura de relações com a Colômbia, isso vai ocorrer" disse o venezuelano.

"Essas sete bases são uma declaração de guerra contra a revolução bolivariana e assim assumimos. Vamos nos preparando porque essa burguesia colombiana nos odeia e já não há possibilidade de um retorno, de um abraço, é impossível", argumentou Chávez.

A medida é uma resposta ao anúncio, feito pelo governo colombiano na segunda-feira, de que apresentará uma queixa contra Chávez na Organização dos Estados Americanos (OEA) por suposta interferência nos assuntos internos da Colômbia. "Que imoral é esse governo (colombiano) ao acusar-nos de ingerência", completou, Chávez.

Segundo o presidente venezuelano, "os militares gringos estarão autorizados a operar em qualquer parte da Colômbia", o que representa uma ameaça direta à Venezuela. No domingo passado, Chávez considerou que o presidente colombiano, Alvaro Uribe quer impedir a chegada do "chavismo" à Colômbia, enquanto Bogotá afirmava que irá repelir todas as ações do "projeto expansionista" do governo vizinho. "De maneira alguma se pode tolerar que se insulte os colombianos de bem", afirmou o comunicado de Bogotá.

Consequências

Se for concretizada a ruptura, a crise entre os dois países chegará a seu pior momento em um ano. Chávez já havia ordenado o congelamento das relações com a Colômbia, depois que Bogotá acusou seu governo de facilitar o desvio de armas à guerrilha das Farc.

Antes disso, a tensão entre os vizinhos já havia aumentado de maneira significativa depois do anúncio, feito pelo governo colombiano, do acordo com os Estados Unidos que permitiria o uso de sete bases militares na Colômbia pelo Exército americano.

"Não vamos continuar com meios termos (...) nos acusam de ingerência, anda, quanto cinismo", afirmou ontem o líder venezuelano. Em julho, Caracas congelou suas relações com a Colômbia, iniciando um processo de substituição de importações.

A instalação das bases militares norte-americanas na Colômbia tem sido criticada pelos demais países da América do Sul e será o ponto central de discussão da Cúpula da Unasul, que será realizada em Bariloche, na Argentina, na próxima sexta-feira.

Comércio

A ruptura de relações pode agravar ainda mais a crise econômica do lado colombiano, que já vinha sendo afetado com o congelamento dos canais comerciais e diplomáticos. Isso porque existe um desequilíbrio nas trocas comerciais entre os dois países a favor da Colômbia, com uma balança comercial que ultrapassa os US$ 7 bilhões.

Na semana passada, o Executivo venezuelano anunciou um plano de substituição de importações colombianas, que, de acordo com funcionários do governo, pode ser concluído em um ano.


Fonte: VERMELHO

Aconteceu em 26 de agosto



1999 - Dia da Marcha dos 100 Mil
Chega a Brasília a Marcha dos 100 mil pelo Brasil, liderada por partidos de esquerda, CUT, MST, UNE e incontáveis movimentos sociais. A participação supera a cifra que deu nome ao protesto. Nenhum incidente. Entrega à Câmara abaixo-assinado com 1,3 milhão de firmas, pedindo CPI sobre o papel de FHC na privatização das teles.

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Sem cansar da luta


Esse e o dilema de vários jovens que almejam dias melhores para aqueles menos favorecidos de nossa sociedade, pois no mundo em que vivemos muitas das vezes somos obrigado a nos submeter a trabalhos desumanos por míseros salários, essa luta pela sobrevivência causa uma enorme evasão escolar deixando um grande déficit nos gráficos de nossa educação.


Na perspectiva de dias melhores e que a UJS (União da Juventude Socialista) vem ao longo de muitos anos construindo diversos debates cujo principal alvo é as problemáticas de nossos jovens, atores do presente e do futuro de nossa nação, necessitamos nos organizarmos ainda mais, pois o sonho de uma sociedade mais justa e igualitária ainda não chegou, mais somos conhecedores que a luta do presente nos proporcionara dias em glórias no futuro, por isso não devemos cansar da luta, pois foi com ela que derrubamos a ditadura militar, o Presidente Collor, conquistamos o direito de votar aos 16 anos dentre tantas outras batalhas que são travadas no decorrer do então precioso tempo, pois sem cansar da luta um dia chegaremos ao então famigerado Socialismo.

Dário Júnior

Ex dirigente da UJS

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Aconteceu em 24 de agosto



1954 - Dia do Povo que não será escravo
Vargas se mata com tiro de revólver no peito, no Catete, Rio. O rádio irradia sua Carta-Testamento: "Esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém". Protesto espontâneo culpa os EUA pela morte, ataca sedes da UDN e da imprensa de direita. A explosão de revolta leva o Exército a ocupar as grandes cidades.

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12º CONEG da UBES


O regimento já foi aprovado pela executiva da UBES. Leia o documento e saiba como participar. E não perca os prazos de inscrição! Confira também se sua entidade está credenciada para o evento



Muita movimentação na UBES por conta da proximidade do 12º CONEG, Conselho Nacional de Entidades Gerais, que acontece paralelamente ao 1º Encontro Latino Americano de Estudantes Secundaristas, de 4 a 6 de setembro, no Rio de Janeiro. É a contagem regressiva para a convocação dos estudantes secundaristas para o Congresso da UBES.

Na sexta-feira, 14, a executiva da UBES esteve reunida para definir e aprovar o regimento interno do 12º CONEG. O documento reúne as regras e informações para que o estudante possa participar. Para saber se sua entidade já está pré-credenciada, clique aqui.



Além do 12º CONEG, muita expectativa também para o 1º Encontro Latino Americano de Estudantes Secundaristas, que vai discutir pela primeira vez a educação na América Latina. Estão confirmadas as presenças de entidades estudantis de países como a Colômbia, Peru e Bolívia.



12º CONEG e 1º Encontro Latino Americano de Estudantes Secundaristas

Data: de 4 a 6 de setembro

Local:UERJ





Leia com atenção o regimento do 12º CONEG. Em caso de dúvidas, entre em contato com a UBES: comunicacao@ubes.org.br . Siga-nos também pelo Twitter: http://twitter.com/comunicacaoubes

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Nem recuos nem precipitações na Confecom


Chegou a hora da onça beber água no tenso processo de preparação da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), prevista inicialmente para ocorrer em dezembro. Já se sabia que esta batalha seria dura, truncada e cheia de armadilhas. Afinal, “pela primeira vez na história do país”, como sempre repete o presidente Lula, a sociedade é chamada a discutir o papel dos meios de comunicação, um tema que adquiriu caráter estratégico na atualidade. O vespeiro é grande. É como tratar da reforma agrária, do fim do latifúndio da terra; neste caso, ainda mais complexo e grave, é a luta contra os latifundiários da mídia que está em jogo.

Os barões da mídia, que tanto falam em “liberdade de expressão”, fizeram de tudo para sabotar a convocação da Confecom. Na seqüência, diante do fato consumado do decreto presidencial e das disputas entre as teles e os radiodifusores, eles resolveram se apoderar da comissão organizadora nacional da Confecom – composta por dez representantes do poder público, oito das entidades empresariais e oito da “sociedade civil”. Eles tentaram restringir a pauta do evento, evitando os “temas sensíveis” que emparedam o monopólio midiático, e impor critérios antidemocráticos de representação e de votação (40% dos delegados e 60% de “quórum qualificado”).

Governo se acovarda novamente

Frente à resistência dos movimentos sociais e de setores do próprio governo Lula, os barões da mídia arriscaram um lance ousado e habilidoso. Seis das oito entidades patronais, lideradas pela Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert), teleguiada pela Rede Globo, anunciaram sua retirada da comissão organizadora, mas não obrigatoriamente da Confecom. A jogada serviu para acovardar o governo, que passou a defender os critérios antidemocráticos de representação e de votação da Abert para viabilizar a presença empresarial. O clima esquentou. A última reunião da comissão organizadora não chegou a qualquer consenso e o regimento da conferência sequer foi publicado. Nova reunião ocorrerá na próxima semana.

Diante deste quadro embaçado, os movimentos sociais e as entidades que historicamente lutam pela democratização dos meios de comunicação estão diante de uma disjuntiva. Alguns setores se precipitam em afirmar que já aceitam a imposição draconiana, sem espernear nas negociações. Outros setores se apressam em anunciar que não participarão mais da Confecom, que tudo está perdido. Esta não é a melhor hora nem para recuos nem para bravatas. O momento exige firmeza de propósitos e flexibilidade tática para viabilizar uma conferência democrática e massiva. A Confecom é uma vitória histórica dos movimentos sociais, que não pode ser desperdiçada.

Forte pressão e nitidez de objetivos

É preciso colocar o governo na parede, fazendo com que assuma o ônus pelo recuo vergonhoso e desmascarando a postura autoritária e chantagista dos barões da mídia. Nenhuma entidade possui legitimidade para abdicar das exigências das bases, que rejeitaram os critérios antidemocráticos de representação dos empresários e suas tentativas de castrar o temário. Agora é necessária muita pressão para derrotar as manobras patronais e reverter a posição do governo. Toda negociação pressupõe pressão. Mesmo quem deseja a paz deve se preparar para a guerra. Qualquer recuo neste momento seria prejudicial e incompreensível. Ainda é possível obter alguns avanços.

Concluída a negociação, porém, os movimentos sociais deverão reavaliar sua postura. Qualquer bravata agora pode atrapalhar a reflexão madura no futuro, pode fomentar sectarismos estéreis que apenas servem para dividir o campo popular. Não se pode perder a referência do objetivo principal, que é o de garantir um processo amplo e pedagógico de debate na sociedade sobre o tema estratégico da democratização dos meios de comunicação. A Confecom não permite nem ilusões nem omissões. Ela não superará, de uma só vez, a ditadura da mídia – nem na Venezuela, Bolívia e Equador, que vivem processos mais radicalizados de lutas, esta façanha foi alcançada.

A Confecom é apenas o primeiro passo, de muitas batalhas que serão necessárias para se derrotar o monopólio e as manipulações da mídia. Neste sentido, ela cumpre principalmente um papel pedagógico, de envolvimento de amplos setores da sociedade neste debate estratégico – até então restrito a um reduzido e combativo núcleo de “especialistas”. O resultado das negociações com o governo não deve ofuscar este objetivo maior. O momento agora é de pressão, não de recuos, no processo de negociação. Na sequência, os movimentos sociais avaliarão qual a forma unitária de avançar no processo de debate na sociedade contra a poderosa e chantagista ditadura midiática.

Fonte: Altamiro Borges

30 anos de Anistia no Brasil


Eventos comemoram os 30 anos de Anistia e reacendem os debates. A UNE exige que o Governo Federal abra os sórdidos arquivos da ditadura.

A UNE sempre esteve presente na luta em prol dos que foram presos, exilados e torturados durante o mais sombrio período da história brasileira: a ditadura. Com os 30 anos da Anistia, ainda há acertos para se fazer com esse sistema repressor, que dominou o país entre 1964 e 1985. No ano passado, a entidade foi a grande incentivadora da Caravana da Anistia, do Ministério da Justiça, participando ativamente de sua implantação.

Ações em torno do tema são debatidos freqüentemente, inclusive no sábado, 22, às 10hs, no Arquivo Nacional no Rio de Janeiro ocorrerá um ato comemorativo aos 30 anos de luta pela anistia no Brasil , organizado pela Editora Expressão Popular e a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.

Entre os dias 25 e 28 de agosto, no salão nobre da Faculdade de Direito da USP, acontecerá o Seminário Internacional de 30 anos de Anistia no Brasil: O direito à memória, à verdade e à justiça. Para saber mais informações sobre o evento acesso o site http://www.rumoatolerancia.fflch.usp.br/.

Diversas conquistas foram alcançadas. O Ministério da Justiça divulgou informações recentemente sobre as anistias políticas da Guerrilha do Araguaia, que aconteceu durante a ditadura militar. O documento afirma que "a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça concedeu anistia política a 44 camponeses da região, que foram perseguidos pela repressão militar à Guerrilha do Araguaia".

Além de toda a mobilização na Caravana da Anistia, é uma exigência da UNE que o Governo Federal abra os sórdidos arquivos da ditadura. É direito de todo o povo brasileiro saber o que aconteceu de fato com as pessoas desaparecidas e torturadas durante os 20 anos de ditadura militar no Brasil.



Fonte: Do EstudanteNet

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MARINA, UMA FILHA DA CLASSE


“Do rio que tudo arrasta se diz violento, mas nada se diz das margens quem o comprime”. Com esta frase poética de Brecht quero chamar a atenção para a necessidade de nós, socialistas nos comportarmos com respeito, solidariedade e prudência diante do momento que passa a Senadora Marina Silva, o Partido dos Trabalhadores e a conjuntura acirrada que o movimento classista atravessa no Brasil durante o mês de agosto.

A Senadora recebeu um convite como toda liderança política é passiva de receber! Se ela abriu a reflexão, significa também que mesmo tendo agenda aberta para a questão ambiental, o Governo Lula a realiza com muitas contradições que merecem avaliações. Tal questão para Marina é desvinculada da eleição, com tempo de televisão, ou se cresce ou diminui enquanto mandato político. Seus propósitos são sinceros e honestos.

A Senadora Marina surgiu e é protagonista da bela história de vitórias dos movimentos sociais organizados pelos trabalhadores que culminou com a vitória de um operário do ABC paulista à Presidência da República. Mas não falamos aqui apenas de identidade de causa operária em seu ambiente fabril. Marina e Lula possuem a mesma identidade de origem também quando falamos dos nordestinos e a mesma saga de luta pela sobrevivência pessoal e pela construção de um movimento de organização dos trabalhadores, nas três últimas décadas, contra a classe dominante desse País, a burguesia, seja ela industrial, agrária, comercial, agro-exportadora ou financeira-especulativa.

A Senadora Marina, não só pertence à classe operária, ao movimento dos trabalhadores pela origem de nascimento - filha de seringueiros - como também pela opção de lado, de consciência social que circunda toda a sua trajetória política.
Como militante de esquerda assumiu na mais alta radicalidade (aqui entendida no sentido marxista como raiz das coisas, das causas assumidas) a luta ambiental, dando a esse tema a dimensão mental e social que ele precisa ter para se tornar a causa de todos os homens do planeta. Um movimento como este possui a principal essência de quem é socialista que é o humanismo na sua plenitude.

Não podemos confundir nossa visão na luta contra o capital. Se escolhemos parte da burguesia para uma aliança não esqueçamos ser esta de caráter pontual. Não há em nenhum dos partidos membros da aliança de esquerda que deu ao Presidente Lula as duas vitórias eleitorais, consensos sobre a agenda ambiental.

Mas de uma coisa todos sabemos, muitas empresas de grande porte resistem em adequar-se às regulações de Estado porque “tempo é dinheiro!”. Outras não estão preocupadas com o impacto ambiental que causam com grandes obras, nem com recursos naturais, nem com as questões sociais das pequenas cidades que recebem um contingente de pessoas estranhas que a prostitui e depois vai embora.

Há os que pensam que os recursos naturais são infinitos, que jamais vão se acabar.

Há os que pensam que a civilização e desenvolvimento a ser perseguido é o do velho mundo em todo seu esplendor eurocêntrico. Há ainda os que pensam que é ora de acabar com que resta das comunidades indígenas. Enfim! Há para todos os gostos. E por isso não há consenso. No Acre, terra da florestania, da defesa do desenvolvimento sustentável, da utilização da floresta com preservação, não há consenso sobre diversas questões!

Tratar estes assuntos merece mais observação, tolerância e menos arroubo! O Brasil é gigante também nas diferenças e visões regionais. Mas, Marina Silva vem atuando no sentido de dar a este tema um lugar muito além do plano econômico e por tanto muito além dos âmbitos regionais. Marina é patrimônio mundial e a causa nobre abraçada por ela pertence a todos nós.

A sua história é inteira a história do Partido dos Trabalhadores, por isso devemos hipotecar solidariedade neste momento de reflexão, à senadora Marina Silva, ao Lula, ao PT e todos os seus dirigentes e filiados, em especial aos que são do Acre que estão apreensivos com todo o processo divergente que culminou com a entrega do Ministério do Meio Ambiente e com este mais novo fato. Também a cautela e prudência são imprescindíveis nesta hora. Não se deve desprezar os conteúdos pessoais ou julgar antecipadamente, pois assim como Luiz Inácio Lula da Silva, Marina Silva, em sua consciência social, também é filha da classe operária.

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Globo X Record: nessa baixaria os dois lados "têm razão"



As escaramuças entre a Rede Globo e a TV Record produziram um acontecimento no mínimo inusitado: uma baixaria em que os dois lados, no afã de jogar a sujeira do outro no ventilador, têm rompantes de sinceridade.



Nos veículos das Organizações Globo, seguidos por outros como a Folha de S. Paulo, espocaram manchetes nos últimos dias sobre processos contra o bispo Edir Macedo, dono da Record, sobre a ligação desta com a Igreja Universal e prováveis vinculações do dinheiro dos fiéis com o império de comunicação.

O Jornal Nacional desta quarta-feira emendou de primeira. Nas palavras de Fátima Bernardes, "Edir Macedo deu outro destino ao dinheiro doado à Igreja Universal", ao que segue a matéria que busca provar, através de imagens da pregação feita em cultos, que a "religião é apenas um pretexto para arrecadação de dinheiro". De fato, é difícil não considerar a hipótese de haver ligação entre uma coisa e outra e, mais ainda, desconhecer que igrejas podem, eventualmente, fazer o diabo para arrancar dinheiro dos seguidores.

A Record contra-ataca e descasca a Globo
Mas o cúmulo da verdade veio no contragolpe da Record. O jornal desta manhã de quinta [reprise ontem, provavelmente] foi , sem rodeios, na jugular. Falou que a Globo é cria da ditadura militar, regime que apoiou entusiasticamente. "A história não apaga. A Globo nasceu de uma ação ilícita de um governo ditatorial", diz a reportagem, fazendo referência ao acordo firmado com grupo norte-americano que injetou milhões de dólares no "plim-plim", mesmo sendo ilegal a participação estrangeira em veículos de comunicação.

Discorreu ainda sobre as interferências da emissora dos Marinho na política nacional, como no escândalo Globo/Proconsult contra a candidatura de Leonel Brizola a governador do Rio de Janeiro, em 1982; a célebre edição do debate entre Collor e Lula nas eleições de 1989, lance decisivo para a vitória collorida; o boicote à cobertura das Diretas, as imagens do dinheiro do tal dossiê nas eleições de 2006....

Foi tudo, digamos, fantástico, espetacular, irretocável! Nunca houve caso de tamanha transparência, de tal sinceridade.

Racha empresarial
O "dedo no olho" público entre as duas emissoras de maior audiência do país é o retrato da divisão dos empresários da área, fratura que é vista também nas posições relativas à Conferência Nacional de Comunicação convocada pelo governo.

A disputa por maiores fatias do mercado tem provocado tais contradições, pois outras emissoras em expansão não desejam ser eternamente caudatárias da rede Globo. As divisões momentâneas devem ser exploradas habilmente por movimentos que lutam pela democratização dos meios de comunicação.

De imediato, uma coisa salta aos olhos: pelo menos na hora de falar mal, os dois lados acabam desentocando as verdades. Ótimo negócio para o respeitável público.

Fernando Borgonovi é diretor de comunicação da UJS

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1992 - Dia dos Carapintadas


Caras-pintadas, foi um movimento estudantil brasileiro realizado no decorrer no ano de 1992 e tinha como objetivo principal o impedimento do Presidente do Brasil e sua retirada do posto. O movimento baseou-se nas denúncias de corrupção que pesaram contra o presidente e ainda em suas medidas econômicas, e contou com milhares de jovens em todo o país. O nome "caras-pintadas" referiu-se à principal forma de expressão, símbolo do movimento: as cores verde e amarelo pintadas no rosto.
No dia 29 de maio daquele ano, o movimento organizou um fórum pelo afastamento de Collor que contou com a participação de mais entidades, como partidos políticos a UNE (União Nacional dos Estudantes) e UJS (União da Juventude Socialista).
A pressão da sociedade obrigou a instalação de uma CPI no dia 1º de junho de 1992, cujo início foi marcado pelo depoimento de Pedro Collor --no dia 4 daquele mês.
Com o avanço das investigações e com as declarações favoráveis ao afastamento do presidente --como as do então presidente do PT Luiz Inácio Lula da Silva, sendo amplamente cobertas pela mídia, parcela de jovens da classe média se mobilizou.


A juventude começou a tomar as ruas em agosto. A primeira manifestação aconteceu no dia 11, em uma passeata marcada em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo) que reuniu cerca de 10 mil pessoas.
"A gente saiu do museu, pegou a Avenida Paulista, desceu a Avenida Brigadeiro Luiz Antônio e terminou em frente à faculdade de direito da USP (Universidade de São Paulo), no Largo São Francisco", diz Lindberg Farias , que na época era o presidente da UNE.
Tanto aquela como as demais passeatas foram marcadas pela irreverência, diversidade política e apartidarismo. "Os estudantes faziam questão de rechaçar a participação de partidos políticos", afirma a historiadora Maria Aparecida de Aquino, professora da USP. "Era um sinal claro de que os partidos não davam conta das reivindicações."
No dia 14, Collor foi à televisão para convocar a população a vestir verde e amarelo e amarelo para sair pelas ruas no domingo, 16, em resposta aos que o atacavam. Mas aquele dia ficou conhecido como "domingo negro", os jovens saíram às ruas vestindo roupas negras e pintando o rosto da mesma cor em sinal de luto contra a corrupção.
Finalmente, no dia 29, a Câmara dos deputados vota a abertura do impeachment. Em transmissão ao vivo, 448 deputados votaram a favor, 38 contra, 23 não foram à sessão e um se absteve. "Eu estava no Anhangabaú pra assistir a votação no telão", lembra a musa dos caras-pitadas, Cecília Lotufo. "A cada voto, era um abraço com desconhecidos. No final começou um temporal, mas ninguém ligou para a chuva, era uma conquista de todo nós."
Com o processo de impeachment aberto no Senado no dia 2 de outubro, Collor deixou a presidência interinamente. Mas no dia 29 de dezembro de 1992 ele renunciou abrindo espaço para seu vice, Itamar Franco. Apesar da renúncia, o Senado prosseguiu com o processo, que lhe tirou o cargo e o deixou inelegível por oito anos.


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Contagem regressiva para o 12º CONEG da UBES


Junto com o CONEG acontece o 1º Encontro Latino Americano e Caribenho de Estudantes Secundaristas, ambos no Rio de Janeiro. Será nos dias 5, 6 e 7 de setembro, na UERJ.



Secundaristas do Brasil inteiro se preparam para o 12º Conselho Nacional de Entidades Gerais, que acontecerá simultaneamente ao 1º Encontro Latino- Americano e Caribenho de Estudantes Secundaristas no Rio de Janeiro nos dias 05, 06 e 07 de setembro. O evento tem o objetivo de deliberar resoluções da entidade e convocar o 38º Congresso da UBES.



No CONEG que promete ser o mais representativo da história da entidade, serão debatidos assuntos ligados à educação e ao movimento estudantil. Importantes entidades latino-americanas participação do Encontro: a Federação dos Estudantes de Ensino Médio de Cuba (FEEM), a Associação Nacional dos Estudantes Secundaristas da Colômbia (ANBES) e a Federação Estudantes Secundaristas do Equador (FESE).



Também estão confirmadas as presenças do ministro da Educação, Fernando Haddad, do presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Marco Antonio Raupp e do governador do Rio de janeiro, Sérgio Cabral .



Cultura também em pauta



Atividades culturais estão previstas para apaziguar os ânimos após os debates. O samba da bateria da Mangueira e o balanço do funk carioca do DJ Sany Pitbull devem agitar os estudantes.





Local do Evento



O 12º CONEG acontecerá na UERJ - O Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro, antigo Instituto de Educação, uma das escolas mais antigas do Brasil.



A UBES visa transformar o evento em um ambiente sustentável no que se refere à preservação do meio ambiente, com coleta de lixo para reciclagem e aproveitamento da água.

Revolução Acreana.


Revolução Acreana é o termo pelo qual se conhece, no Acre, o processo político-social que levou à incorporação do território desse estado ao Brasil. O período começa em julho de 1899, quando o território é proclamado estado independente, sob Luis Gálvez Rodríguez de Arias, e termina em 1903, depois que os brasileiros residentes no local vencem a disputa pela força das armas, comandados por José Plácido de Castro.

A Revolução Acriana chegou ao fim com a assinatura do Tratado de Petrópolis, em 1903, pelo qual a Bolívia cedeu o território ao Brasil (e o Peru aceitou a divisão de fronteiras) em troca de 2.000.000 Libras esterlinas e da construção da ferrovia Madeira-Mamoré (apelidada "Mad Maria").

A chamada "Revolução Acreana" ocorreu no âmbito da disputa pela posse do território entre três países vizinhos: Brasil, Bolívia e Peru. Entre 1899 e 1903, o território do atual Acre (em disputa entre Bolívia, Peru e Brasil) foi proclamado autônomo por três vezes como Estado Independente do Acre, embora a independência só tenha sido reconhecida pelo lado brasileiro.

A crise da mídia e a democracia


A inquestionável crise da mídia brasileira se choca com um processo de maior democratização da sociedade brasileira o que, por si só, deveria levar a pensar o caráter tanto da imprensa no Brasil, quanto da própria democracia entre nós.

O que está em crise é a forma de produzir notícias, a forma de construção da opinião pública. Seria grave se a dimensão da crise que afeta a mídia refletisse, nas mesmas dimensões, a democracia no Brasil. Ao ler alguns órgãos da imprensa, pode-se ter a impressão que a democracia retrocede e não avança entre nós, que estamos à beira de uma ditadura, ao invés de um processo – lento, mas claro – de democratização da sociedade brasileira.

Cada classe social toma sua decadência como a decadência de toda a sociedade, quando não de toda a humanidade. Neste caso, é uma casta que controlou a formação da opinião pública, de forma monopólica e que, com isso, se considerou depositária dos interesses do país. Derrubou a Getúlio, contribuiu decisivamente para o golpe militar de 1964 e para o apoio a este, uma parte dela tentou desconhecer a campanha pelas eleições diretas, tentou impedir a vitória de Brizola nas primeiras eleições diretas para governador do Rio de Janeiro, apoiou a Collor, esteve a favor de FHC, a ponto de desconhecer a evidente corrupção presente nos escândalos processos de privatização, na compra de votos para a reeleição, entre tantos outros casos. Agora, se coloca, em bloco, contra o governo Lula, o de maior popularidade na história do Brasil, chocando-se assim flagrantemente com a opinião do povo brasileiro.

A mídia tradicional está em crise, a democracia brasileira, não. Porque se amplia significativamente o circulo de produção de opinião, de difusão de noticias, se democratiza a informação e os que são afetados pelo enfraquecimento do seu monopólio oligárquico – em que umas poucas famílias controlavam a mídia – esbravejam. Tentam impedir a realização da Conferência Nacional de Comunicação, convocada para novembro, porque detestam que se debata o tema da democracia e a mídia.

A crise do poder legislativo é parte do velho poder oligárquico, que sobreviveu na passagem da ditadura à democracia, que se vale do fisiologismo para vender seu apoio aos governos de turno. Não por acaso os mesmos personagens envolvidos nas acusações atuais no Congresso apoiariam ao governo FHC e, com o beneplácito da mídia, foram poupados das acusações agora dirigidas contra eles, na tentativa de enfraquecer a base de apoio parlamentar do governo. Enquanto o Brasil se torna mais democrático, com a promoção social de dezenas de milhões de famílias, a estrutura parlamentar reflete o velho mundo oligárquico, similar ao da propriedade da mídia privada.

No momento em que o Brasil precisa de uma nova mídia, uma nova forma de difundir notícias, de promover o debate econômico, político, cultural, a velha mídia resiste em morrer, em dar lugar à democratização que o Brasil precisa. Sabem que a continuidade do governo atual e o aprofundamento dos processos de saída do modelo herdado do governo FHC sepultarão toda uma geração de políticos opositores – derrotados pelas urnas e/ou pela senilidade. Daí seu desespero na luta contra o governo – que conta com 6% de rejeição a Lula, contra 80% de apoio.

A crise da mídia é outro reflexo do velho mundo que desmorona, para dar lugar à construção de um Brasil para todos e não para as elites minoritárias que historicamente o dirigiram.

Fonte: Carta Maior

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