1° Conferência Estadual GLBT



A I Conferência Estadual GLBT será realizada nesta sexta e sábado, 25 e 26, com a participação de 200 delegados de todos os municípios do Estado e mais 150 representantes da sociedade civil e Governo do Estado. O principal objetivo da conferência é a construção de políticas públicas destinadas à população de gays, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis e transgêneros, além de fortalecer o Plano Estadual de Diretos Humanos e o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos GBLT.

Acompanhando a realização das conferências estaduais, o representante da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Eduardo Santarella, ressaltou a importância da participação da sociedade para a construção de políticas públicas de governo. "Pela primeira vez, os governos estão abrindo as portas para o movimento. Em muito Estados isso nunca tinha acontecido antes", relatou.

Depois da realização das conferências estaduais, será realizada a I Conferência Nacional GLBT, prevista para junho, que vai construir um documento com propostas prioritárias de políticas públicas a serem implantadas pelos governos nas áreas comuns de saúde, educação e segurança, por exemplo. "O presidente da República já garantiu que vai promover a construção efetiva das políticas públicas de governo, atendendo à demanda percebida pelo movimento GLBT durante as conferências", garantiu Santarella.

"O Acre é um modelo", considerou a representante do movimento GLBT da Região Norte, Daniela Marques, ao falar da organização e comprometimento com a conferência. Ela disse ainda que o Acre é uma referência de governo que promove da participação do movimento GLBT na construção das políticas públicas em favor da população.

Segundo o presidente da Associação dos Homossexuais do Acre (AHAC), Germano Marino, o resultado da I Conferência Estadual será a formalização do Plano Estadual de Enfrentamento à Homofobia dentro do Programa Acre Sem Homofobia (PASH), por meio da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos. "A população GLBT não vai ter direitos a mais, e sim a garantia dos direitos destinados a todos os cidadãos", ressaltou.

Marino falou, ainda, sobre o exemplo do movimento GLBT acreano, que conseguiu mobilizar diversas instituições do Estado para discutir em conjunto a defesa e o cumprimento dos direitos humanos. "Nós participamos de outros movimentos, como o de mulheres, negros, índios e de uma rede de proteção social com o Tribunal de Justiça, OAB e Ministério Público Estadual. É a construção de uma voz única em defesa das diferenças."

0 comentários:

Postar um comentário

Deixe aqui sua opinião, participe desse debate.