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Deu o que falar artigo escrito, no último final de semana, pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao O Globo (“sem medo do passado”). O chamado “príncipe dos sociólogos” saiu do tamanco para não fugir da comparação com o nosso governo. O resultado, para bom entendedor, é cômico para não dizer trágico. Uma tragédia quase do tamanho de seu governo.
Ele percebeu que o nosso mote será a comparação com o período em que “reinou”, juntamente com o FMI, em nosso país. Segundo ele: “na campanha haverá um mote – o governo do PSDB foi ´neoliberal’ – e dois alvos principais: a privatização das estatais e a suposta inação na área social”. Na seqüência do texto, não poupou esforços de propagandear “feitos” como a “estabilidade da moeda”, a “privatização da Vale do Rio Doce” e do “sistema Telebrás” e do tal “Avança Brasil”. Numa demonstração clara do que o povão chama de “falta de assunto”, é bom perceber que FHC passou quase metade do texto a achincalhar o presidente Lula.
Vejamos, o governo dele foi tão bom que a dívida pública que era de menos de R$ 50 bilhões em 1995, chegou a quase R$ 900 bilhões em 2002. Claro que essa sangria só poderia refletir na participação dos salários na composição do PIB: caiu mais de 50% entre 1994 e 2002.
Nas mãos dele o Brasil “quebrou” em 1998 (sim, oficialmente quebrou em janeiro de 1999, mas um “golpe branco” impediu dele admitir isso em meio as eleições de 1998) e o caos social (em nome da “estabilidade monetária”) foi suficiente para colocar na rua da amargura (desemprego) cerca de 12 milhões de pais de família, enquanto que o atual governo já gerou desde 2003 mais de 10 milhões de empregos.
Não é a toa que FHC e seu governo, por muitos, é conhecido como o “serial killer da juventude”. O ministro das relações exteriores dele se deixou revistar em aeroporto norte-americano, inclusive tirando os sapatos, numa subserviência inversamente proporcional ao grande papel que o Brasil joga no mundo hoje.
A potência mineral chamada “Vale do Rio Doce” foi privatizada por U$ 3 bilhões, numa jogatina que manchou a história recente de nosso país.
Seu governo foi marcado pela semi-estagnação econômica com uma média de crescimento – entre 1995 e 2002 de 2,57% (enquanto que a média do governo Lula poderá chegar a 4% ainda este ano), sendo que bancos voltados exclusivamente ao desenvolvimento como o BNDES transformaram-se em agências mediadoras da privatização.
Além de lembrarmos da fábrica de desemprego e arrocho da era-FHC, nunca é demais lembrar da vergonha de um presidente que foi – em rede nacional – pedir pela economia de energia. Era a época do “apagão”. Não somente do apagão energético, mas também do “apagão das infraestruturas”: das estradas esburacadas, de projetos elétricos descartados e do aumento brutal dos custos de produção no Brasil.
Esse desdém com as infraestruturas acrescida por uma opção monetarista eram expressões de uma época em que falar em política industrial e projeto de desenvolvimento poderia se converter numa carruagem de fogo não para as belezas celestiais, mas rumo à defenestração e ao isolamento (político e intelectual) em amplos setores da sociedade, como na universidade e no próprio aparelho estatal entranhado de quintas-colunas travestidos de “técnicos” com mestrado e doutorado na Universidade de Chicago.
Mas, para resumir, já que ele quer comparar os dois governos, vejamos a tabela abaixo acerca da comparação entre os indicadores sociais e econômicos publicados pelo conceituado – e neoliberal – veículo de informação econômica global, “The Economist” sobre a situação do Brasil, no final de 2002 e no final de 2009. A única ressalva aos dados da tabela é que à época em que foi elaborada, as taxas de juros estavam na casa dos 11% e hoje estão mais baixas ainda, exatamente em 8,75%.
Vejam, repetindo, não somos nós quem sistematizamos a tabela abaixo, e sim a “The Economist”. Acho que contra fatos e números, não existem argumentos, como segue:
SITUAÇÃO DO PAÍS
GOVERNO FHC / GOVERNO LULA
Risco Brasil
2.700 pontos /200 pontos
Salário Mínimo
78 dólares / 210 dólares
Dólar
Rs$ 3,00 / R$ 1,78
Dívida FMI
Não mexeu / Pagou
Indústria naval
Não mexeu / Reconstruiu
Universidades Federais Novas
Nenhuma / 10
Extensões Universitárias
Nenhuma / 45
Escolas Técnicas
Nenhuma / 214
Valores e Reservas do Tesouro Nacional
185 Bilhões de Dólares Negativos / 160 Bilhões de Dólares Positivos
Créditos para o povo/PIB
14% / 34%
Estradas de Ferro
Nenhuma / 3 em andamento
Estradas Rodoviárias
90% danificadas / 70% recuperadas
Industria Automobilística
Em baixa, 20% / Em alta, 30%
Crises internacionais
4, arrasando o país / Nenhuma, pelas reservas acumuladas.
Cambio
Fixo, estourando o Tesouro Nacional. / Flutuante: com ligeiras intervenções do Banco Central
Taxas de Juros SELIC
27% / 11%
Mobilidade Social
2 milhões pessoas saíram da linha de pobreza /23 milhões pessoas saíram da linha de pobreza
Empregos
780 mil / 11 milhões
Investimentos em infraestrutura
Nenhum / 504 Bilhões de reais previstos até 2010
Mercado internacional
Brasil sem crédito / Brasil reconhecido como investment grade
Enfim, nunca é tranqüila a necessidade de vir a público para contrapor opiniões de um ex-presidente da República. Mas faz-se necessária compreender esse tipo de atitude, como a tomada por FHC, como um mecanismo de defesa ante o medo dele do passado em comparação com o presente e ante o próprio enterro de seu legado político. Neste caso fica irresistível saber o seguinte: já que ele é tão bom, por que ele mesmo não se candidata a sucessão de Lula? Seria uma tremenda humilhação, algo impensável para quem vive na “ponte aérea” nada popular de Paris-São Paulo-Paris.
Fonte: BLOG DO RENATO RABELO
Ele percebeu que o nosso mote será a comparação com o período em que “reinou”, juntamente com o FMI, em nosso país. Segundo ele: “na campanha haverá um mote – o governo do PSDB foi ´neoliberal’ – e dois alvos principais: a privatização das estatais e a suposta inação na área social”. Na seqüência do texto, não poupou esforços de propagandear “feitos” como a “estabilidade da moeda”, a “privatização da Vale do Rio Doce” e do “sistema Telebrás” e do tal “Avança Brasil”. Numa demonstração clara do que o povão chama de “falta de assunto”, é bom perceber que FHC passou quase metade do texto a achincalhar o presidente Lula.
Vejamos, o governo dele foi tão bom que a dívida pública que era de menos de R$ 50 bilhões em 1995, chegou a quase R$ 900 bilhões em 2002. Claro que essa sangria só poderia refletir na participação dos salários na composição do PIB: caiu mais de 50% entre 1994 e 2002.
Nas mãos dele o Brasil “quebrou” em 1998 (sim, oficialmente quebrou em janeiro de 1999, mas um “golpe branco” impediu dele admitir isso em meio as eleições de 1998) e o caos social (em nome da “estabilidade monetária”) foi suficiente para colocar na rua da amargura (desemprego) cerca de 12 milhões de pais de família, enquanto que o atual governo já gerou desde 2003 mais de 10 milhões de empregos.
Não é a toa que FHC e seu governo, por muitos, é conhecido como o “serial killer da juventude”. O ministro das relações exteriores dele se deixou revistar em aeroporto norte-americano, inclusive tirando os sapatos, numa subserviência inversamente proporcional ao grande papel que o Brasil joga no mundo hoje.
A potência mineral chamada “Vale do Rio Doce” foi privatizada por U$ 3 bilhões, numa jogatina que manchou a história recente de nosso país.
Seu governo foi marcado pela semi-estagnação econômica com uma média de crescimento – entre 1995 e 2002 de 2,57% (enquanto que a média do governo Lula poderá chegar a 4% ainda este ano), sendo que bancos voltados exclusivamente ao desenvolvimento como o BNDES transformaram-se em agências mediadoras da privatização.
Além de lembrarmos da fábrica de desemprego e arrocho da era-FHC, nunca é demais lembrar da vergonha de um presidente que foi – em rede nacional – pedir pela economia de energia. Era a época do “apagão”. Não somente do apagão energético, mas também do “apagão das infraestruturas”: das estradas esburacadas, de projetos elétricos descartados e do aumento brutal dos custos de produção no Brasil.
Esse desdém com as infraestruturas acrescida por uma opção monetarista eram expressões de uma época em que falar em política industrial e projeto de desenvolvimento poderia se converter numa carruagem de fogo não para as belezas celestiais, mas rumo à defenestração e ao isolamento (político e intelectual) em amplos setores da sociedade, como na universidade e no próprio aparelho estatal entranhado de quintas-colunas travestidos de “técnicos” com mestrado e doutorado na Universidade de Chicago.
Mas, para resumir, já que ele quer comparar os dois governos, vejamos a tabela abaixo acerca da comparação entre os indicadores sociais e econômicos publicados pelo conceituado – e neoliberal – veículo de informação econômica global, “The Economist” sobre a situação do Brasil, no final de 2002 e no final de 2009. A única ressalva aos dados da tabela é que à época em que foi elaborada, as taxas de juros estavam na casa dos 11% e hoje estão mais baixas ainda, exatamente em 8,75%.
Vejam, repetindo, não somos nós quem sistematizamos a tabela abaixo, e sim a “The Economist”. Acho que contra fatos e números, não existem argumentos, como segue:
SITUAÇÃO DO PAÍS
GOVERNO FHC / GOVERNO LULA
Risco Brasil
2.700 pontos /200 pontos
Salário Mínimo
78 dólares / 210 dólares
Dólar
Rs$ 3,00 / R$ 1,78
Dívida FMI
Não mexeu / Pagou
Indústria naval
Não mexeu / Reconstruiu
Universidades Federais Novas
Nenhuma / 10
Extensões Universitárias
Nenhuma / 45
Escolas Técnicas
Nenhuma / 214
Valores e Reservas do Tesouro Nacional
185 Bilhões de Dólares Negativos / 160 Bilhões de Dólares Positivos
Créditos para o povo/PIB
14% / 34%
Estradas de Ferro
Nenhuma / 3 em andamento
Estradas Rodoviárias
90% danificadas / 70% recuperadas
Industria Automobilística
Em baixa, 20% / Em alta, 30%
Crises internacionais
4, arrasando o país / Nenhuma, pelas reservas acumuladas.
Cambio
Fixo, estourando o Tesouro Nacional. / Flutuante: com ligeiras intervenções do Banco Central
Taxas de Juros SELIC
27% / 11%
Mobilidade Social
2 milhões pessoas saíram da linha de pobreza /23 milhões pessoas saíram da linha de pobreza
Empregos
780 mil / 11 milhões
Investimentos em infraestrutura
Nenhum / 504 Bilhões de reais previstos até 2010
Mercado internacional
Brasil sem crédito / Brasil reconhecido como investment grade
Enfim, nunca é tranqüila a necessidade de vir a público para contrapor opiniões de um ex-presidente da República. Mas faz-se necessária compreender esse tipo de atitude, como a tomada por FHC, como um mecanismo de defesa ante o medo dele do passado em comparação com o presente e ante o próprio enterro de seu legado político. Neste caso fica irresistível saber o seguinte: já que ele é tão bom, por que ele mesmo não se candidata a sucessão de Lula? Seria uma tremenda humilhação, algo impensável para quem vive na “ponte aérea” nada popular de Paris-São Paulo-Paris.
Fonte: BLOG DO RENATO RABELO
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No próximo dia 8 de fevereiro, segunda-feira, a UJS dará importantes passos para aprimorar os trabalhos de organização e comunicação. É que nesta data entrarão no ar a primeira fase da Rede UJS e a nova página, remodelada, na internet.
A Rede UJS será a rede social que interligará todos os membros da entidade, que terão de se cadastrar no processo de mobilização do 15º Congresso, e o sistema de direção - ou seja, núcleos, frentes de atuação, direções municipais, estaduais e nacional. Para o trabalho organizativo, a ferramenta proporcionará, através de um banco de dados completo, uma radiografia de toda a militância - distribuição geográfica, afinidade de frente de atuação, número de núcleos espalhados pelo país e muitas outras informações indispensáveis para planejar o contínuo e direcionado crescimento da União da Juventude Socialista.
Por outro lado, a Rede UJS segue a concepção de que a internet é um importante espaço de vivência, troca de experiências e informações e mesmo de mobilização da atual geração de jovens. Por isso, será uma moderna rede social, interligada a outras ferramentas como Facebook, Twitter, Orkut, na qual os militantes poderão se relacionar, criar comunidades, postar fotos e vídeos, mandar e receber recados, convidar mais amigos a participar e até organizar e mobilizar atividades.
Nessa primeira fase, inaugurada na plenária nacional, funcionará o sistema de cadastro que todos terão de preencher. É importante frisar que, para efeito de mobilização do Congresso, apenas serão computados aqueles que estiverem inseridos na Rede. Ou, como se canta nos estádios de futebol do Brasil: "caiu na Rede é peixe".
Nos próximos três meses outras etapas do projeto serão lançadas, de maneira que o 15º Congresso chegará à plenária final com a Rede UJS em pleno funcionamento.
De São Paulo,
Fernando Borgonovi, diretor de Comunicação da UJS
Visite o novo Site da UJS Nacional
A Rede UJS será a rede social que interligará todos os membros da entidade, que terão de se cadastrar no processo de mobilização do 15º Congresso, e o sistema de direção - ou seja, núcleos, frentes de atuação, direções municipais, estaduais e nacional. Para o trabalho organizativo, a ferramenta proporcionará, através de um banco de dados completo, uma radiografia de toda a militância - distribuição geográfica, afinidade de frente de atuação, número de núcleos espalhados pelo país e muitas outras informações indispensáveis para planejar o contínuo e direcionado crescimento da União da Juventude Socialista.
Por outro lado, a Rede UJS segue a concepção de que a internet é um importante espaço de vivência, troca de experiências e informações e mesmo de mobilização da atual geração de jovens. Por isso, será uma moderna rede social, interligada a outras ferramentas como Facebook, Twitter, Orkut, na qual os militantes poderão se relacionar, criar comunidades, postar fotos e vídeos, mandar e receber recados, convidar mais amigos a participar e até organizar e mobilizar atividades.
Nessa primeira fase, inaugurada na plenária nacional, funcionará o sistema de cadastro que todos terão de preencher. É importante frisar que, para efeito de mobilização do Congresso, apenas serão computados aqueles que estiverem inseridos na Rede. Ou, como se canta nos estádios de futebol do Brasil: "caiu na Rede é peixe".
Nos próximos três meses outras etapas do projeto serão lançadas, de maneira que o 15º Congresso chegará à plenária final com a Rede UJS em pleno funcionamento.
De São Paulo,
Fernando Borgonovi, diretor de Comunicação da UJS
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CONVITE
A secretária de formação da CTB vem através deste, convidar os
Membros dos sindicatos filiados e simpatizantes desta Central, para o curso de formação sindical que acontecerá nos dias 05,06 e 07 de fevereiro no auditório do Centro empresarial do SEBRAE, situado na Avenida Ceará.
Contamos com sua presença de todos.
Programação:
* 05/02- 18h ás 21h – Transformação no Mundo do Trabalho
Prof. Hildo Montyzuma*
* 06/02- 8h ás 12h - Historia do Movimento Sindical
Prof. José de Arimatéia
* 06/02- 14h ás 18h – As Concepções do Movimento Sindical
Prof. Augusto Petta
* 07/02- 8h ás 12h - Análise de Conjuntura
Profª. Celina Areas
Saudações Sindicais
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Curso de Formação
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Aos poucos, a mídia hegemônica vai abandonando o devastado Haiti. O sensacionalismo inicial, com as cenas do terremoto que matou mais de 150 mil haitianos, já não rende tanta audiência. A TV Globo quase não fala mais da tragédia. Afinal, aquele povo sempre viveu na miséria e não é muito saudável, para as elites, tratar muito do tema. No máximo, as redes “privadas” de televisão exibem a desastre e jogam toda a culpa na natureza. Nada de aprofundar as verdadeiras causas da tragédia. Na verdade, o Haiti sempre foi vítima de devastações que não têm nada de natural.
No belíssimo livro “Espelhos”, o escritor uruguaio Eduardo Galeano mostra que este país é uma vítima histórica de mortíferos “terremotos” patrocinados pelas potências colonialistas – primeiro pela França, depois pelos EUA. Brutalmente saqueado durante três séculos pelo império francês, o povo haitiano conquistou a independência e a abolição da escravidão em 1804. Devido ao seu heroísmo, ele foi alvo da vingança imperial. Napoleão Bonaparte não perdoou a perda de dezoito generais na épica guerrilha liderada pelo escravo Toussaint L’Ouverture, o “jacobino negro”.
“O leproso das Américas”
“A nova nação, parida em sangue, nasceu condenada ao bloqueio e à solidão: ninguém comprava nada, para lá ninguém vendia nada, ninguém a reconhecia. Por ter sido infiel ao amo colonial, o Haiti foi obrigado a pagar uma indenização gigantesca para a França. Essa expiação do pecado da dignidade, que ficou pagando durante cerca de um século e meio, foi o preço que a França impôs para dar seu reconhecimento diplomático ao novo país… O Haiti continuou sendo o leproso das Américas. Thomas Jefferson [presidente do EUA] havia advertido, desde o princípio, que era preciso ‘confinar a peste’ naquela ilha, porque dali vinha o mau exemplo”.
Ainda sob os escombros do “terremoto” francês, os haitianos foram vítimas da gula do Tio Sam. “Em 1915, os Estados Unidos invadiram o país. Em nome do governo, Robert Lansing, explicou que a raça negra era incapaz de governar a si própria, ‘pela tendência inerente à vida selvagem e sua incapacidade física de civilização’. Os invasores ficaram 19 anos”. Foi extinto o Banco da Nação, que se converteu numa sucursal do City Bank, e os negros haitianos foram proibidos de entrar nos restaurantes e hotéis exclusivos dos gringos. Na prática, a escravidão retornou ao país.
Ocupações, golpes e ditaduras
A violência ianque resultou em milhares de mortos. O líder guerrilheiro Charlemagne Pèralte foi pregado em cruz numa porta para atemorizar os rebeldes. A ocupação durou até 1934, quando os fuzileiros foram substituídos por uma Guarda Nacional treinada e dirigida pelos EUA. Em 1957, inicia-se a ditadura de François Duvalier, apelidado de Papa Doc, que ficou famoso pelos cruéis esquadrões da morte. De 1971 a 1986, ele é substituído por seu filho, Claude Duvalier, o Baby Doc, que aprofundou o saque do país pelo imperialismo ianque e a miséria deste sofrido povo.
Na fase recente, o padre progressista Jean Bertrand Aristide foi eleito presidente, em 1991, como expressão do descontentamento popular. Mas ele não durou muito e foi derrubado por um golpe orquestrado pela CIA. Ele ainda retorna à presidência, já domesticado, mas é novamente deposto em 2004. Este longo “terremoto” causado pelo imperialismo é que explica o drama do Haiti, um país que teve sua economia destruída e saqueada e que vive uma eterna guerra civil da barbárie, o que o torna mais vulnerável aos desastres naturais. Os EUA são os culpados por esta tragédia.
O terremoto e o oportunismo dos EUA
O renomado jornalista John Pilger relata que “da última vez que estive no Haiti, observei muitas meninas nas máquinas de costura estridentes da Baseball Plant. Muitas tinham os olhos inchados e os braços lacerados. O Haiti é onde a América faz o equipamento do seu bendito jogo nacional, quase de graça. O Haiti é onde os empreiteiros da Wall Disney fazem os pijamas Mickey Mouse, quase de graça. Os EUA controlam o açúcar, a bauxita e o sisal do Haiti. A cultura do arroz foi substituída pelo arroz importado, levando o povo para as cidades e habitações improvisadas”.
Diante da destruição causada pelo terremoto, ele não acredita nem pouco na “solidariedade” dos EUA – que está sendo chefiada pelos ex-presidentes Bill Clinton e George Bush, nomeados por Barack Obama. Clinton forçou o ingresso das maquiladoras, as fábricas de trabalho precarizado (sweatshops), e hoje é lobista de um negócio turístico de US$ 55 milhões. Bush ordenou o mais recente golpe no país de olho nos seus campos de petróleo. Para Pilger, o império ianque tenta se aproveitar da nova tragédia para mais uma vez ocupar militarmente o Haiti. Neste novo cenário, a “missão de paz” da ONU, comandada pelo Exército brasileiro, torna-se ainda mais complexa.
No belíssimo livro “Espelhos”, o escritor uruguaio Eduardo Galeano mostra que este país é uma vítima histórica de mortíferos “terremotos” patrocinados pelas potências colonialistas – primeiro pela França, depois pelos EUA. Brutalmente saqueado durante três séculos pelo império francês, o povo haitiano conquistou a independência e a abolição da escravidão em 1804. Devido ao seu heroísmo, ele foi alvo da vingança imperial. Napoleão Bonaparte não perdoou a perda de dezoito generais na épica guerrilha liderada pelo escravo Toussaint L’Ouverture, o “jacobino negro”.
“O leproso das Américas”
“A nova nação, parida em sangue, nasceu condenada ao bloqueio e à solidão: ninguém comprava nada, para lá ninguém vendia nada, ninguém a reconhecia. Por ter sido infiel ao amo colonial, o Haiti foi obrigado a pagar uma indenização gigantesca para a França. Essa expiação do pecado da dignidade, que ficou pagando durante cerca de um século e meio, foi o preço que a França impôs para dar seu reconhecimento diplomático ao novo país… O Haiti continuou sendo o leproso das Américas. Thomas Jefferson [presidente do EUA] havia advertido, desde o princípio, que era preciso ‘confinar a peste’ naquela ilha, porque dali vinha o mau exemplo”.
Ainda sob os escombros do “terremoto” francês, os haitianos foram vítimas da gula do Tio Sam. “Em 1915, os Estados Unidos invadiram o país. Em nome do governo, Robert Lansing, explicou que a raça negra era incapaz de governar a si própria, ‘pela tendência inerente à vida selvagem e sua incapacidade física de civilização’. Os invasores ficaram 19 anos”. Foi extinto o Banco da Nação, que se converteu numa sucursal do City Bank, e os negros haitianos foram proibidos de entrar nos restaurantes e hotéis exclusivos dos gringos. Na prática, a escravidão retornou ao país.
Ocupações, golpes e ditaduras
A violência ianque resultou em milhares de mortos. O líder guerrilheiro Charlemagne Pèralte foi pregado em cruz numa porta para atemorizar os rebeldes. A ocupação durou até 1934, quando os fuzileiros foram substituídos por uma Guarda Nacional treinada e dirigida pelos EUA. Em 1957, inicia-se a ditadura de François Duvalier, apelidado de Papa Doc, que ficou famoso pelos cruéis esquadrões da morte. De 1971 a 1986, ele é substituído por seu filho, Claude Duvalier, o Baby Doc, que aprofundou o saque do país pelo imperialismo ianque e a miséria deste sofrido povo.
Na fase recente, o padre progressista Jean Bertrand Aristide foi eleito presidente, em 1991, como expressão do descontentamento popular. Mas ele não durou muito e foi derrubado por um golpe orquestrado pela CIA. Ele ainda retorna à presidência, já domesticado, mas é novamente deposto em 2004. Este longo “terremoto” causado pelo imperialismo é que explica o drama do Haiti, um país que teve sua economia destruída e saqueada e que vive uma eterna guerra civil da barbárie, o que o torna mais vulnerável aos desastres naturais. Os EUA são os culpados por esta tragédia.
O terremoto e o oportunismo dos EUA
O renomado jornalista John Pilger relata que “da última vez que estive no Haiti, observei muitas meninas nas máquinas de costura estridentes da Baseball Plant. Muitas tinham os olhos inchados e os braços lacerados. O Haiti é onde a América faz o equipamento do seu bendito jogo nacional, quase de graça. O Haiti é onde os empreiteiros da Wall Disney fazem os pijamas Mickey Mouse, quase de graça. Os EUA controlam o açúcar, a bauxita e o sisal do Haiti. A cultura do arroz foi substituída pelo arroz importado, levando o povo para as cidades e habitações improvisadas”.
Diante da destruição causada pelo terremoto, ele não acredita nem pouco na “solidariedade” dos EUA – que está sendo chefiada pelos ex-presidentes Bill Clinton e George Bush, nomeados por Barack Obama. Clinton forçou o ingresso das maquiladoras, as fábricas de trabalho precarizado (sweatshops), e hoje é lobista de um negócio turístico de US$ 55 milhões. Bush ordenou o mais recente golpe no país de olho nos seus campos de petróleo. Para Pilger, o império ianque tenta se aproveitar da nova tragédia para mais uma vez ocupar militarmente o Haiti. Neste novo cenário, a “missão de paz” da ONU, comandada pelo Exército brasileiro, torna-se ainda mais complexa.
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Àqueles que ainda não chegaram em São Paulo para participar do curso nacional de formação, a UJS disponibiliza informações para que ninguém se perca na ida para Atibaia. Quem chegar à capital paulista por terra terá de ir ao Terminal Rodoviário Tietê. De lá, duas empresas de ônibus fazem a ligação São Paulo-Atibaia diariamente. A viação Bragança faz apenas duas viagens diárias, uma às 6h e outra às 17h, a R$ 12,50 a passagem. Já a viação Atibaia tem ônibus que saem de meia em meia hora a partir das 6h 45m com passagens ao preço de R$ 12,90.
Ao chegar na Rodoviária de Atibaia, a pessoa pegará um taxi até o Atlântida Park Hotel, cujo endereço é Rodovia Fernão Dias - Km 37,5 - Atibaia - SP.
Quem chegar via aeroporto de Congonhas deve pegar o ônibus até qualqer estação de metrô e seguir para o metrô Tietê e fazer o mesmo procedimento indicado acima. Já os que chegarem pelo aeroporto de Guarulhos (Cumbica), podem tanto pegar condução até o metrô Tatuapé e de lá seguir para a estação Tietê e cumprir o roteiro ou negociar o preço de um taxi direto pela Rodovia Fernão Dias. Outra possibilidade é pegar condução até Guarulhos e, de lá, ônibus para Atibaia, que saem às 06h30, 17h30 ou 19h30.
Ao chegar na Rodoviária de Atibaia, a pessoa pegará um taxi até o Atlântida Park Hotel, cujo endereço é Rodovia Fernão Dias - Km 37,5 - Atibaia - SP.
Quem chegar via aeroporto de Congonhas deve pegar o ônibus até qualqer estação de metrô e seguir para o metrô Tietê e fazer o mesmo procedimento indicado acima. Já os que chegarem pelo aeroporto de Guarulhos (Cumbica), podem tanto pegar condução até o metrô Tatuapé e de lá seguir para a estação Tietê e cumprir o roteiro ou negociar o preço de um taxi direto pela Rodovia Fernão Dias. Outra possibilidade é pegar condução até Guarulhos e, de lá, ônibus para Atibaia, que saem às 06h30, 17h30 ou 19h30.
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