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Com uma mesma garra classista e com o rumo socialista, fazer da CTB a central mais juvenil do Brasil.
A CTB não é um ou mais prédios, carros de som, jornais, esta ou aquela categoria em si mesmas, mais que isto: é uma grande mudança que ainda não mensuramos totalmente. Reafirmei esta convicção neste final desemana, ao participar do I Encontro de Jovens Trabalhadores da CTB, realizado nos dias 23 e 24 de maio em Atibaia, São Paulo. Graças ao esforço do coletivo de juventude, ao apoio da direção e dos funcionários da CTB e aos 16 estados que enviaram representantes, o encontro superou as expectativas.
Mais de 130 jovens, metalúrgicos, marceneiros, operadores de telemarketing, trabalhadores rurais, comerciários, bancários, funcionários dos Correios, servidores públicos e estagiários estiveram reunidos para refletir e se unir tendo uma mesma aspiração: despertar a juventude para o sindicalismo classista.
Aqueles jovens compreenderam na dura labuta que é indispensável lutar contra a exploração capitalista e reuniram-se por que sabem ser necessário fazê-lo com a ousadia e a criatividade da juventude. Dispuseram-se a formar uma mesma corrente, chegar a todos os estados do Brasil, fazendo com que em cada categoria se levante uma voz que chame os outros jovens trabalhadores a tomar seu lugar no movimento e mudar o seu enredo. A juventude se posiciona no novo cenário do sindicalismo brasileiro e o seu potencial revolucionário encontra um canal privilegiado entre os classistas.
Não era à toa o sorriso nos rostos de alguns de militantes antigos das lutas dos trabalhadores presentes ao encontro. Era visível o seu alento ao perceber que jovens que militavam na CSC e na SSB, na UJS, na JSB, no movimento estudantil, independentes, no campo e na cidade, se reuniam assumindo seu posto de combate, dispostos a contribuir com a mudança da prática e da correlação de forças do movimento sindical. O poder dos que produzem a riqueza aliado à garra, irreverência e criatividade da nova geração podem abrir os olhos de milhões de jovens que são explorados especialmente por sua condição juvenil.
Os jovens querem um futuro melhor. E percebem, em especial agora, quando a máscara neoliberal caiu, o cinismo decadente de um sistema econômico cuja continuidade representa claramente um risco ao futuro. Não acreditamos nas mentiras do capitalismo de que o egoísmo de cada um é a razão da felicidade de todos. A esta mentira contrapomos a luta por uma mudança verdadeira e profunda, política e econômica, que nos assegure um lugar digno na vida. E, determinados a impedir qualquer retrocesso, queremos apressar as mudanças, aprofundar as mudanças e abrir caminho ao socialismo. Esta mensagem adquire nova dimensão após se esboroarem vários mitos caros ao sistema, como a teleológica eficiência das forças de mercado e sua mão invisível na alocação de recursos – quando, de fato, o que vimos foi a mão bem visível do Estado, inclusive no Brasil.
Atentos, concluíram que o sistema penaliza em especial os jovens. São cerca de metade dos desempregados, os primeiros demitidos da crise, expostos à precarização e a condições e salários piores. No campo, sem políticas públicas, crédito e investimentos, espremidos pelo latifúndio, seguem o cortejo de seus, de nossos, pais e avós, tangidos para as cidades. Vítimas de falsos estágios, penalizados por jornada de trabalho incompatível com o exponencial crescimento da produtividade do trabalho, veem-se impedidos de prosseguir os estudos, de viver sua juventude. Submetidos ao assédio moral e também vítimas do assédio sexual, rebelam-se e exigem seu lugar de direito como o futuro do proletariado. Preocupados com o meio ambiente veem a voracidade irracional do capital que devora vidas, sonhos e a natureza, ameaçando a vida na Terra.
Com tudo isto, sabem que carecem de organização para florescer na luta e desenvolver seu poder mobilizador. E, lado a lado com os atuais dirigentes classistas, percebem que podem fazer muito para responder à exploração capitalista e afirmar a alternativa socialista. Batista Lemos entendeu bem e deu a pista, afirmando que a juventude na CTB não pode ser apenas sindicato, mas deve ser também movimento. E Pascoal Carneiro não hesitou ao afirmar a necessidade imperiosa de a juventudeo cupar seu lugar no movimento sindical como condição de sua atualização e futuro.
Já retornamos aos estados com as alegrias e reflexões destes dois dias inesquecíveis. Armados com este mesmo ímpeto, temos agora o desafio de mobilizar a juventude para ocupar seu lugar no 2º Congresso Nacional da CTB, em setembro. O coletivo de jovens eleito definiu uma agenda de organização dos coletivos de jovens trabalhadores em todos os estados para compartilhar as reflexões, mobilizar para os cursos de formação da CTB que ocorrem em todo o país e preparar uma grande participação juvenil no congresso. São os primeiros passos e. decerto. haverá dificuldades, mas são decisivos para construir no presente a hegemonia do futuro, fazer da CTB uma central em que a juventude faça a diferença. Beneficiando-se dos egressos do movimento estudantil, unidos aos jovens sindicalistas, campo e cidade, com uma mesma garra classista e com o rumo socialista, fazer da CTB a central mais juvenil do Brasil.
Paulo Vinícius é membro do Coletivo de Jovens Trabalhadores da CTB, foi diretor da UNE e da executiva nacional da UJS
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Assassinado há mais de quarenta anos nas selvas bolivianas, com ajuda da CIA, o líder revolucionário Ernesto Che Guevara continua amedrontando os Estados Unidos. O medo de um exemplo de vida que se impõe é tanto que obrigou o país imperialista até mesmo a retirar uma estátua do argentino que figurava em uma das entradas do famoso Central Park, em Nova Iorque.
Parlamentares republicanos enviaram carta à prefeitura da cidade pedindo a retirada alegando que "o revolucionário foi reconhecido inimigo dos EUA e que acolheu as políticas repressivas da União Soviética".
A escultura, que na realidade refletia uma "estátua viva", seria retirada de qualquer maneira, já que fazia parte de uma exposição temporária. Mas chamam a atenção os queixumes dos republicanos, capazes de enxergar violência na solidariedade e no amor à liberdade, representados por Che, ao mesmo tempo em que apoiam vivamente a matança comandada pelos Estados Unidos no Iraque.
Uma estátua não é capaz de sair andando, mas o exemplo de vida de Che Guevara até hoje se impõe e faz tremer os donos do poder mundo afora.
De São Paulo,
Fernando Borgonovi
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O movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" lança seu manifesto ao 51º Congresso da União Nacional dos Estudantes e faz um chamado à formação de um amplo campo político capaz de colocar a entidade como protagonista nas lutas pelo desenvolvimento soberano do país, pela radical democratização e qualificação da universidade brasileira e pelo fortalecimento do movimento estudantil e da UNE.
Leia e divulgue o manifesto do movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" - Um chamado ao movimento estudantil
Manifesto do movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" - Um chamado ao movimento estudantil
"Pode chegar
Que a festa vai
É começar agora
E é prá chegar quem quiser
Deixe a tristeza prá lá
E traga o seu coração
Sua presença de irmão
Nós precisamos
De você nesse cordão..."
(Gonzaguinha)
O movimento estudantil brasileiro celebrou, nos anos de 2007 e 2008, uma sólida unidade a partir da qual a UNE pode protagonizar grandes campanhas e conquistar importantes vitórias, que são patrimônio de todos os estudantes brasileiros. Dois marcos históricos foram simbólicos desse momento: quando, em 1º de fevereiro daquele ano, reconquistamos o terreno que a ditadura nos tirou, e no 50º Congresso da UNE, quando milhares de estudantes debateram propostas para a educação e para o país e elegeram, a partir de uma ampla unidade, a nova diretoria da entidade. Um novo capítulo se abria, então, na história da UNE. Uma fase que nos exigiria maior maturidade, pois a unidade programática que forjávamos não se baseava simplesmente em composições, em espaços ou fóruns do movimento, mas, sim e fundamentalmente, era consolidada no cotidiano das lutas estudantis.
Era de conhecimento de todos que o momento político exigia também uma capacidade ímpar de apresentar formulações e proposições capazes de superar os desafios para mudarmos a cara da universidade brasileira e contribuirmos para o aprofundamento das mudanças em curso no país. Ao contrário do que alguns apontam por aí, essa tática não significa um adesismo a este ou a qualquer outro governo ou força externa ao movimento estudantil, mas consiste no caminho correto para materializar em conquistas concretas as bandeiras históricas da UNE.
Provas do êxito de nossas lutas, aconteceram mudanças profundas na universidade brasileira: a pauta deixou de ser apenas por mais financiamento para incorporarmos também a discussão do acesso e da permanência, da qualidade e da referência social, da garantia de mais direitos e conquistas para os estudantes. Avanços concretos, como a ampliação das vagas nas universidades públicas federais, o ProUni, o combate à lógica privatista da educação e o reconhecimento do dever do Estado em reparar as atrocidades cometidas contra o movimento estudantil pela ditadura militar foram atingidos.
Essa é a marca do último período - nunca uma gestão da UNE conquistou tanto e, talvez, nunca se exigiu tanto de uma diretoria da entidade. O estrato político do amadurecimento de quem esteve a frente deste processo esteve expresso no Projeto de Reforma Universitária da UNE, aprovado pela imensa maioria dos CAs e DAs presentes ao 12º Coneb.
Mas ainda será necessário muito mais. As conquistas devem aumentar nossa motivação e capacidade de mobilização. Para isto, um novo Congresso da UNE se aproxima e, com ele, faz-se necessário vislumbrarmos novos desafios para os estudantes brasileiros.
"Vamos levar o samba com união
No pique de uma escola campeã..."
Uma unidade programática não pode, de forma alguma, desconstituir a identidade de cada movimento e corrente política que a compõe. Aliás, a unidade consegue ser mais sólida e duradoura quando serve ao crescimento da representatividade de todos os que dela participam. Em última instância, o crescimento e o enraizamento desse conjunto de correntes é o que faz a UNE forte, unitária, coesa e presente em cada universidade.
Temos nome e independência. Somos diferentes. Mas, principalmente, somos capazes de reconhecer fortes elementos de convergência, que são razões para a ação comum. Talvez o elo central a unir nossas forças políticas no próximo período seja a disputa que se avizinha, em 2010. Mais do que uma eleição, tal evento será o desfecho de uma disputa política pelos rumos de nosso país – será a luta entre os que defendem os interesses do povo e a soberania da nação contra as forças neoliberais, representantes da banca internacional e defensores da submissão do país aos ditames das grandes potências capitalistas.
Nosso campo é o que busca criar as condições para enfrentar as dificuldades impostas pela crise capitalista e impulsionar as mudanças iniciadas em nosso país a partir da eleição de 2002. Para tanto, é fundamental não pulverizarmos esforços e mantermos a unidade para enfrentar os verdadeiros inimigos.
É neste contexto que a UNE se prepara para eleger uma nova diretoria. Acreditamos que tal realidade política deve estar presente nos debates do Congresso e refletida na próxima diretoria da entidade, buscando aglutinar as forças que compartilham dessas idéias - notadamente as juventudes do recém lançado Partido Pátria Livre (antigo MR-8), do Partido dos Trabalhadores, do Partido Democrático Trabalhista, do Partido Socialista Brasileiro, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro e outras - num mesmo campo político.
Nesse momento, a nossa responsabilidade é apontar caminhos para que nossa entidade possa influir na realidade política do Brasil, contribuindo para impedir retrocessos e ajudando a estimular o ciclo de desenvolvimento aberto nos últimos anos.
No fundamental, esse desejo é coletivo e está expresso nas propostas levantadas por cada corrente que compõe a UNE. O momento, portanto, cobra maturidade. Exige capacidade para cimentar e ampliar nossa aliança, para renovar nossas lutas. A responsabilidade primeira para atingir tais objetivos é nossa e pretendemos cumpri-la exercitando a grande política – que exige a humildade para ouvir e assimilar opiniões, mas também a firmeza para superar dificuldades e apontar caminhos.
Caminhos que possam reafirmar a luta do movimento estudantil até aqui e, principalmente, dar um salto de qualidade capaz de materializar nossos ideais de transformação da educação e da realidade do país.
Movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade"
Rumo ao 51º Congresso da UNE
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No último sábado dia 09,a União da Juventude Socialista de Cruzeiro do Sul deu o pontapé inicial do curso de Formação aos seus quadros de militantes. Foi aplicado a parte inicial do Módulo 1 do curso, que é o CBV: Curso Básico em Vídio. Dezenas de militantes participaram da atividade, entre eles dirigentes de Grêmios, e da UMES. Sábado o curso prossegue, para que possamos concluir todo o Módulo 1. A UJS estar de parabéns, pois o caminho para que se possa ter jovens com convicções e formadores de uma nova sociedade, socialista e igualitária é esse mesmo.
O estudo é uma das maiores armas dos jovens comunistas.
O modelo capitalista de governar e oprimir a grande maioria das nações, provou agora com essa crise, nascida no coração do sistema podre capitalista, liderado pelos Neoliberais americanos que é falho. Pois ver a economia de mercado como a base do desenvolvimento, quando na verdade deveria ver o sucesso na organização dos trabalhadores, Pois são eles que constroem e fazem a riqueza do planeta, que é dividida de maneira desigual.
E com esse curso a UJS, mostra sua preocupação com os jovens e com asociedade que queremos, tanto para nós jovens, quanto para nossos filhos.
Se o Presente é de Luta
O Futuro nos Pertence !
Diretoria de Formação
Da UJS.
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Atualmente estudam medicina em Cuba 800 brasileiros com bolsas completas, doadas pelo governo Cubano. 300 Médicos já foram formados dentro desse projeto, mas infelizmente estão no Brasil sem poder trabalhar. O Brasil é um dos países de toda America Latina e Caribe que trata esse tema com maior atraso, visto o grau de corporativismo e preconceitos da classe médica brasileira.
A realidade de saúde no Brasil é grave, uma média de 1000 municípios não tem um médico; mais de 3000 tem valores que não alcançam a metade do que exigem a OMS; a estrutura de formação universitária pública, gasta rios de dinheiro com a formação de profissionais, e estes não realizam nenhum tipo de serviço social quando terminam sua carreira em municípios onde não há médicos; a saúde se transformou no mais promissor negócio do mercado.... É tudo um verdadeiro caos.
Os primeiros médicos pobres, filhos de campesinos, índios, negros, apesar de terem se graduado em um país que detém de uma das melhores medicinas do mundo, já estão a cinco anos no Brasil sem poder trabalhar, isso porque não têm dinheiro para pagar os autos preços das provas exigidas em algumas universidades, ou porque as vagas são muito limitadas, enquanto crianças,mulheres, anciãos morrem em municípios do Brasil por falta de uma simples consulta. É uma falta de respeito com o povo.
No dia 03 de maio, a direção da Associação de Estudantes Brasileiros de Medicina em Cuba - ABEMEC, reuniu com o Coordenador da CTB Batista Lemos, que garantiu apoiar a causa, e no dia de hoje (08 de maio) foi realizada uma reunião com a Presidente da UNE Lúcia Stumpf, que em estes dias se encontra em Cuba, e afirmou que a UNE continuará defendendo que os médicos formados em Cuba possam semear no Brasil uma medicina mais humana, solidária e pra todos. Durante o congresso da UNE que acontecerá entre 15 e 19 de julho, haverá uma comissão para discutir esse tema.
O Coordenador da ABEMEC(Associação Brasileira dos Estudantes de Medicina em Cuba)o acreano Janilson Lopes Leite, pediu apoio também para a realização de 12 trabalhos voluntários, que os médicos e estudantes de medicina em Cuba realizarão em 12 Estados Brasileiros este ano durante suas ferias.
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