O presidente nacional da UJS, Marcelo Gavião, fala neste vídeo sobre a conjuntura política em que acontece o 51º Congresso da União Nacional dos Estudantes e sobre os avanços que o país obteve nos últimos anos.
Relacionando a batalha atual com os desafios políticos de 2010, Gavião convoca a militância da UJS e os apoiadores do movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" a construir o maior processo de mobilização já visto para um congresso da UNE.
Assista e entre com tudo nesta campanha.WILLYAN DENI: DIRETOR DA UJS SAIU VITORIOSO NA DISPUTA NO CRAVEIRO COSTA, COM MAIS DE 80% DE ACEITAÇÃO, PARABENS, AGORA É TRABALHAR!
Por Panthio:
Em uma eleição tranquila e sem problemas maiores, a chapa 2 : Ação e Integração, apoiada pela a UJS ganhou com uma vantagem de 80% de aceitação, foi uma articulação bem feita pela UJS. Prova disso foi a desistência de uma chapa, que de forma desorganizada tentou montar um bloco para entar na disputa.
O Willyan estar de parabens pela agilidade com que agiu; chamando as principais lideranças do colégio para fechar com nossas propostas, e é dessa forma que a UJS tem que agir no Flodoardo Cabral. Agora é fortalecer a base do Craveiro e trazer a turma daquele colégio para militar na UJS e fazer a diferênca.
Cinco mil estudantes forma às ruas de São Paulo, nesta quarta feira, na passeata pelo fim do vestibular organizada por UBES, UNE, UPES e UEE/SP.
Os manifestantes sairam do Masp em direção ao prédio da secretaria estadual de educação, onde protestaram contra o novo ocupante do posto mas já velho conhecido do movimento estudantil: o ex-ministro Paulo Renato (PSDB).
As entidades veem o fim do vestibular como uma vitória política, já que é uma bandeira levantada há muito pelos estudantes, mas consideram que a medida, por si só, não resolverá os problemas da educação. Além disso, os movimentos sociais que atuam na área reivindicam participação no debate sobre a alternativa ao vestibular a ser adotada.
A UBES, pelas palavras de seu presidente, Ismael Cardoso, discorda da fómula proposta feita pelo ministério da Educação de troca do atual vestibular pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). "Seria como trocar seis por meia dúzia. O melhor é aplicar o Enem de maneira seriada, ou seja, no final de cada ano do Ensino Médio", alega.
Já a presidente da UNE, Lúcia Stumpf, vê a necessidade de "uma discussão ampla com a sociedade, principalmente com a comunidade acadêmica. [A medida] Não pode ser colocada como uma proposta unilateral isolada. O vestibular é apenas um dos pontos para a universalização do ensino".
Paulo Renato na mira
Na chegada à sede da secretaria estadual de educação, os estudantes afirmaram que Paulo Renato de Souza representa um período de triste memória para o ensino público e que rejeitam a visão privatista e mercadológica por ele implantada quando ministro da educação de FHC.
De início, o secretário mandou anunciar que receberia uma comissão de lideranças para discutir as reivindicações. No entanto, mostrando-se pouco afeito ao debate e muito apegado ao ar condicionado do gabinete, colocou assessores como interlocutores e, repetindo sua prática antidemocrática dos tempos de Brasília, recusou-se ao diálogo.
"Mais uma vez ele demonstrou quem é de verdade. O movimento estudantil tem na memória aqueles oito anos terríveis e antidemocráticos. Agora, o seu início na secretaria de São Paulo aponta para uma relação truculenta e desrespeitosa para com os estudantes", avalia Augusto Chagas, presidente da União Estadual dos Estudantes de São Paulo. "O cenário com Paulo Renato não indica que vá reverter o descalabro na educação estadual que vimos nesses anos, em particular no governo José Serra", conclui.
Para Arthut Herculano, presidente da União Paulista de Estudantes Secundaristas, "a manifestação foi o início de uma grande campanha de denúncia da má qualidade da educação no estado e vai continuar até que as reivindicações para obter a escola que queremos sejam atendidas. Para a Upes a prioridade é unir a sociedade em defesa de um novo projeto educacional para o estado".
Fernando Borgonovi
A justiça deu ganho de causa, em duas instâncias, para a estudante Priscila Pivatto, que questionou a produtora de shows CIE Brasil por não ter disponibilizado ingressos de meia-entrada suficientes para uma apresentação da banda Oásis, em 2006.
O fato, baseado em alegação de inconsticionalidade da lei da cidade de São Paulo que limita em 30% da carga total os ingressos de meia, reforça a luta do movimento estudantil contra as cotas para a meia-entrada previstas em projeto de lei recém aprovado no Senado.
"Essa decisão foi, para nós, uma vitória política. A partir de agora, fica evidente que a limitação na venda de meias-entradas é inconstitucional. Esse será um argumento poderoso para que se tire, do Projeto de Lei, o artigo que cria a cota para o uso de carteirinhas", avaliou Lúcia Stumpf, presidente da UNE, em entrevista ao site Terra.
Ismael Cardoso, presidente da UBES, considera que a decisão é um componente a mais para a manifestação chamada pelas entidades estudantil pelo fim do vestibular, que acontecerá amanhã em São Paulo. "A justiça foi clara ao se colocar contra as cotas. Para nós, isso é um elemento a mais, uma motivação ainda maior para a manifestação que realizaremos amanhã pelo fim do vestibular. Com isso, esperamos que seja um período de boas notícias para os estudantes".
Projeto das cotas vai para Câmara
Foi aprovado pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado o projeto que institui as cotas de 40% para a venda de ingressos de meia-entrada para estudantes.
A proposta enfrenta resistência dos estudantes que reivindicam a meia-entrada, de maneira integral, como um direito histórico. Além disso, o movimento estudantil alega que a restrição põe em risco a própria existência da meia-entrada, posto que as dificuldades de fiscalização deixariam estudantes à mercê dos empresários.
De São Paulo,
Fernando Borgonovi
A Guerrilha começou em 12 de abril de 1972, com o ataque do Exército à população pobre do sul do Pará, e terminou em 1975, esmagada pelas tropas do Exército, com a captura e execução dos últimos guerrilheiros. A ditadura ordenou que não fossem feitos prisioneiros e proibiu a imprensa de noticiar o ato.
Com a redemocratização, o Araguaia ganhou as manchetes e teve início o movimento pela abertura dos arquivos e a entrega dos corpos dos guerrilheiros. Renato Rabelo adverte que o projeto de submergir a região com a represa da Usina Santa Isabel ''tornaria impossível encontrar os restos mortais dos que ali tombaram''.
Veja a íntegra:
''Exigências democráticas em relação à Guerrilha do Araguaia''
''No dia 12 de abril completa-se 37 anos do início da Guerrilha do Araguaia, principal movimento armado de resistência à ditadura militar, ocorrido nas selvas da Amazônia, no sul no Pará.
Mais de 70 combatentes, com o apoio da população local, sobretudo, dos camponeses pobres, por quase três anos enfrentaram as tropas das Forças Armadas que mobilizaram mais de 12 mil homens para a região. Os guerrilheiros e guerrilheiras lutaram e deram suas vidas para a edificação de um país democrático, soberano e que assegurasse vida digna ao povo.
Naquele período o país vivia sob uma sangrenta ditadura que havia sufocado as liberdades democráticas e reprimia violentamente as formas mais elementares de manifestação. À medida que a ditadura multiplicava seus crimes, crescia na Nação o sentimento e a consciência de que a resistência em prol da democracia deveria se insurgir contra àquelas atrocidades. O PCdoB ecoando está consciência de amplos setores da sociedade, concluiu que a resistência guerrilheira seria um importante instrumento na luta pelas liberdades e pela democracia.
O Partido Comunista do Brasil rende suas homenagens aos combatentes do Araguaia- homens e mulheres que tombaram em combate ou foram covardemente torturados e executados pelos algozes. Por terem lutado ao preço de suas próprias vidas pela causa do Brasil, do povo e da democracia, integram a galeria dos heróis do povo brasileiro.
Transcorridos quase quatro décadas daquela heróica jornada, hoje vivemos uma nova situação. Grandes avanços democráticos, de afirmação da soberania nacional e conquistas sociais foram obtidos. Há, no entanto, uma mácula que torna inconcluso o processo de redemocratização do país. Uma dívida de caráter humanitário que o estado brasileiro sob a direção de forças progressistas não pode deixar de pagar.
Até agora se negou ao povo e à história o conhecimento dos fatos ocorridos num período tão importante para a nação. Os arquivos da ditadura não foram abertos e os corpos dos mortos e desaparecidos no enfrentamento ao regime militar não foram entregues as seus familiares para que pudessem ser sepultados em túmulo honroso.
Fatos novos impõem a retomada do debate sobre o tema.
Há uma sentença proferida pela Juíza da 1ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, já transitada em julgado. Tal sentença determina, entre outras medidas, a abertura dos arquivos relativos à Guerrilha do Araguaia e a devolução dos corpos dos guerrilheiros a seus familiares.
Para agravar a situação há em discussão o projeto de construção da Usina Hidroelétrica de Santa Izabel que, segundo notícias da imprensa poderá alagar a região da guerrilha, o que tornaria impossível encontrar os restos mortais dos que ali tombaram.
O Partido Comunista do Brasil, por suas convicções e em sintonia com os legítimos direitos e anseios dos familiares dos mortos e desaparecidos na Guerrilha do Araguaia, mais uma vez, exorta o governo federal para que acelere a abertura dos arquivos da ditadura sobre a Guerrilha do Araguaia. De igual modo, com apoio dos democratas brasileiros, conclama o governo da República a atuar com firmeza e agilidade para remover obstáculos que há décadas impedem que os corpos dos guerrilheiros sejam entregues aos seus familiares.
São Paulo, abril de 2009
Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB
A UNE e a UBES vão às ruas no próximo dia 15 de abril, em São Paulo, para reivindicar o fim do vestibular. O ato, que faz parte das manifestações Abril para a Educação, terá concentração a partir das 9h, no vão do Museu de Arte de São Paulo – Masp: Avenida Paulista, 1578.
Segundo as entidades, para democratizar o acesso à universidade não basta unificar os vestibulares se apoiando no atual modelo do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), como propõe o Ministério da Educação (MEC). É preciso mais investimento na Educação, que vise uma reformulação do Ensino Médio e políticas que contemplem a assistência estudantil.
Além de proporcionar mais oportunidades para o estudante que não tem condições de se inscrever em diversos vestibulares e em bancar os gastos com viagens para outros estados, é preciso garantir moradia, transporte e alimentação para esse mesmo estudante que deixa sua cidade para ingressar numa universidade em outro estado.
As entidades acreditam que por se tratar de um assunto de extrema relevância não pode estar atrelado à agenda eleitoral. "É preciso uma discussão ampla com a sociedade, principalmente com a comunidade acadêmica. Não pode ser colocada como uma proposta unilateral isolada. O vestibular é apenas um dos pontos para a universalização do ensino", declara Lúcia Stumpf, presidente da UNE.
Outro ponto reprovado é o uso do ENEM como prova base para a unificação. Além de ser insuficiente para avaliar será mantido o atual sistema de prova única. "Seria como trocar seis por meia dúzia. O melhor é aplicar o ENEM de maneira seriada, ou seja, no final de cada ano do Ensino Médio", diz Ismael Cardoso, presidente da UBES.
Dossiê Paulo Renato
Acontece no mesmo dia a posse oficial do ex-ministro da Educação Paulo Renato como novo secretário estadual de Educação do Estado de São Paulo. Os estudantes sairão do MASP, na Avenida Paulista, e seguirão até a sede da Secretaria Estadual de Educação, na Praça da República, onde entregarão a um representante da secretaria um dossiê sobre a gestão de Paulo Renato quando ministro da Educação durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Abril para a Educação
15 de abril, concentração a partir das 9h, no vão do MASP - Avenida Paulista, 1578
Final previsto para o final da manhã, em frente à Secretaria Estadual de Educação, na Praça da República, centro
Fonte: Estudantenet
O processo de Congresso da UNE é uma rica experiência, na qual a militância da UJS pode exercitar na plenitude a capacidade de mobilização, articulação e debate político de propostas.
Momento no qual as ideias dos jovens socialistas para a educação, para o movimento estudantil e sobre a conjuntura política são apresentadas a centenas de milhares de estudantes de todos os cantos do país.
É preciso aproveitar todo o potencial dessa oportunidade, construindo processos eleitorais democráticos, politizados e massivos, almeijando atingir o máximo de votos para as chapas do movimento Da Unidade Vai Nascer a Novidade.
Montagem das chapas e início da campanha
A experiência mostra que deixar para mais tarde, pode ser, no caso de congressos estudantis, muito prejudicial. Então, é necessário desde os primeiros dias de prazo cuidar das eleições, ter cuidado na montagem das chapas, buscando representatividade a partir do alcance de muitos cursos e lideranças. É bom sempre lebrar: agora todos os estudantes são realmente eleitores e devem participar do processo.
Além disso, quanto mais cedo acontecerem os processos eleitorais, mais tempo restará tanto para levar o engajamento para alunos de outras instituições quanto para discutir e assimilar propostas dos delegados eleitos.
Portanto, o início da campanha é momento essencial. É colocar a mão na massa "desde ontem".
Muita amplitude e debate
O movimento estudantil reflete toda a pluralidade de pensamento existente na universidade. Por isso, não poder haver dogmas e a palavra de ordem é amplitude. O debate de propostas buscando a convergência de opiniões, inclusive com outras forças políticas presentes no local, e a formação de alianças representativas.
É claro, isso requer análise caso a caso e flexibilidade para visualizar a melhor tática em cada local, observar quem são os aliados e identificar os adversários, levando em conta tanto os objetivos nacionais quanto a realidade em questão.
Atenção especial deve ser dada ao debate da tese do movimento Da Unidade Vai Nascer a Novidade com os estudantes em geral, e com delegados e suplentes em particular. No limite, é a politização da campanha que mobiliza os estudantes para o Congresso e possibilita a vitória das opiniões mais consequentes.
Materiais, visual e investimentos
Campanhas de êxito, capazes de dialogar amplamente com os estudantes e buscar, voto a voto, as vitórias, necessitam de grandes quantidades de materiais de apresentação do movimento e de suas propostas, identidade visual na universidade, através da confecção de faixas, camisetas, adesivos e outras coisas.
Uma campanha massiva precisa ter uma agitação competente, que garanta sua presença na paisagem da universidade e a consequente identificação com os alunos.
Por óbvio, isso exige investimento financeiro. O movimento Da Unidade Vai Nascer a Novidade, todo mundo sabe, não nada em dinheiro. Assim, já foram repassados aos estados alguns materiais de campanha - em quantidade insuficiente frente o necessário, mas que ajudam no pontapé inicial -, dentre eles um bônus para obtenção de recursos com amigos e outros estudantes.
A eleição
Passada toda a fase de campanha, é preciso ter atenção especial na data das eleições. O dia D deve contar com a exclusividade de atenção dos membros da chapa, todos devem mobilizar amigos e colegas de sala para ajudar a buscar mais votos.
É bom lembrar: é permitida a boca de urna na eleição do Congresso da UNE. Por isso, no último esforço vale revisitar salas de aula convocando para a eleição, caprichar no visual da chapa e distribuir materiais.
Ao lado desse esforço, é preciso fiscalizar o cumprimento das regras estabelecidas para a eleição, a fim de não tomar prejuízo nem correr riscos de questionamentos do processo.
É isso. O empenho de todos, o debate aberto de propostas, apostando na melhor política, e o cuidado em fazer o melhor durante o processo eleitoral levam a um caminho recompensador: o caminho da vitória!
Por Fernando Borgonovi, diretor de Comunicação da UJS
Em artigo assinado por Joaquim Soriano, secretário de Formação Política do PT, e Rafael Chagas, diretor da UNE, a corrente Democracia Socialista avalia avanços na gestão da União Nacional dos Estudantes, propõe desafios para o movimento estudantil no próximo e convoca a juventude petista a "fortalecer o campo democrático e popular" na entidade.
Leia a seguir a íntegra do artigo
Unidade da esquerda na UNEA década de 90 foi marcada pela resistência do movimento social ao neoliberalismo no Brasil. Nesse período de propaganda do Estado Mínimo e de privatização, as universidades públicas eram sucateadas, ao mesmo tempo em que havia um processo desenfreado de abertura de faculdades privadas e sem qualidade. Essa era a política educacional do governo FHC.
A vitória eleitoral de Lula trouxe a possibilidade de efetivar uma agenda pós-neoliberal no Brasil e na América Latina. Mais de 6 anos depois, permanece atual a tese de que, para essa agenda se concretizar, é decisiva a atuação dos movimentos sociais. Mais que isso, é preciso formulação e mobilização para avançar na superação do projeto neoliberal.
A agenda do movimento estudantil
Essas possibilidades abertas fizeram com que as políticas adotadas pela União Nacional dos Estudantes fossem produto de um grande grau de unidade entre as juventudes do PT, do PCdoB , PSB.
Ao longo da atual gestão da entidade, suas resoluções políticas expressaram um ponto de vista comum, especialmente na crítica à política econômica executada pelo Banco Central. Outra demonstração do papel que essa unidade desempenha se deu no Coneb (Conselho Nacional de Entidades de Base) deste ano, que reuniu cerca de mil estudantes universitários. Lá, essas juventudes partidárias elaboraram e aprovaram o projeto de reforma universitária da UNE e destacaram, através de um manifesto, a necessidade de uma outra política econômica para superar a crise internacional atual garantindo os direitos da classe trabalhadora.
Esses posicionamentos encontram forte oposição nos setores que combatem o governo Lula por entender que ele “aprofunda as políticas neoliberais no Brasil”. A unidade do campo que o PT integra resultou no isolamento dessa opinião dentro da UNE e numa maior capacidade nossa de diálogo com os estudantes.
Outras pautas importantes impulsionadas pela JPT foram incorporadas com centralidade pela UNE. A luta feminista, a luta anti-racista, o debate de saúde, entre outros, são exemplos. Isso ampliou o horizonte da entidade, levando-a a ultrapassar os muros das universidades e lhe conferindo uma referência mais abrangente.
A agenda para a próxima gestão da UNE coloca três desafios:
1- O processo de Conferência Nacional de Educação, espaço privilegiado para a disputa em torno de um modelo de educação, buscando alterar estruturalmente o que temos hoje.
2- A disputa de projetos que travaremos nas eleições de 2010, que já tem seu início no enfrentamento da crise econômica mundial;
3- Democratizar a UNE para que ela possa estar à altura desses desafios.
A unidade da JPT com as demais juventudes que atuam na mesma direção no movimento estudantil é importante para que possamos derrotar aqueles que entendem a educação como mercadoria e impedir a volta do projeto neoliberal em 2010. Da mesma forma, os estudantes petistas devem apresentar um programa capaz de democratizar as estruturas da UNE, inclusive para que as diferentes forças que compõem esse campo tenham a possibilidade de interferir de fato nos rumos gerais da entidade.
O embate que vem aí
A direita mantém o discurso neoliberal de corte de gastos públicos, redução de direitos trabalhistas e prevalência do privado sobre o público como respostas para a crise. A disputa está lançada, e a UNE deve estar mobilizada para esse enfrentamento.
O embate político entre projetos, certamente, dar-se-á também nas universidades e nas ruas. A idéia de que é necessário assegurar uma forte presença do Estado, inclusive na educação, estão de pleno acordo com a proposta de Reforma Universitária da UNE. Esse enfrentamento precisa ser organizado com o fortalecimento das nossas propostas e mobilização.
Nossa agenda política deve incluir o debate sobre a crise, e o tom deve ser o de jogar a direita na defensiva, responsabilizando-a pelos resultados que o projeto político implementado por ela durante todos esses anos trouxe ao mundo. A consolidação do Campo Democrático e Popular na UNE favorece a construção desse cenário.
A partir do balanço das políticas apresentadas pela UNE no último período e da perspectiva de construção futura, a JPT, no próximo Congresso da UNE, precisa fortalecer o campo democrático e popular (PT, PCdoB, PSB), já que essa unidade, num plano mais geral, acumula força para a construção de um projeto democrático e socialista para o Brasil.
Mais do que se integrar a esse processo, a JPT deve ser protagonista na construção de um campo político, na UNE, afinado com a defesa do nosso projeto nacional e da necessidade de fazê-lo avançar.
Rafael Chagas é diretor da UNE, Joaquim Soriano é secretário Nacional de Formação Política do PT e da Executiva Nacional do partido.
Fonte:UJS NACIONAL