Debate sobre crise financeira mundial e seus efeitos na educação abre 57º Coneg


O tema do fórum "Essa crise não é nossa! Queremos mais conquista para a educação" foi amplamente discutido em mesa de abertura

O 57º Coneg (Conselho Nacional de Entidades Gerais) iniciou suas atividades nesse sábado (21) no auditório da UNIP Vergueiro em São Paulo. Mais de 400 lideranças estudantis de todo o Brasil participaram do debate de abertura sobre a crise mundial e seus efeitos na educação. Estiveram presentes a mesa, Lúcia Stumpf e Tales Cassiano, presidente e vice presidente da UNE respectivamente, Ismael Cardoso, presidente da UBES, Milko Matijascic, representante do IPEA, Altamiro Borges, Jornalista do Portal Vermelho, Antônio Carlos Spis, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Heron Barroso, da Central dos Movimentos Populares, Camila Furchi, da Marcha Mundial de Mulheres, (MMM), Pedro Paulo, da Intersindical, Wagner Gomes, da CTB, Paulo Saboia, da CGTB.

A presidente da UNE, Lúcia Stumpf, abriu as discussões ressaltando a importância do Coneg e as ações decisivas que definirão as bandeiras de luta dos movimentos sociais, entre elas, a bandeira levantada contra a crise mundial e o direito dos estudantes a meia entrada. A presidente também citou e convocou as lideranças para a grande jornada de mobilizações contra a crise que acontecerá no dia 30 de março.

O debate circundou principalmente em torno do tema dos efeitos da crise financeira mundial. Para Milko " A crise é queima de riqueza, tipico do capitalismo", portanto é uma crise do capitalismo que afeta a educação de forma circunstancial", ele ainda aborda dados que coloca o Brasil em baixa na educação em relação há muitos países da América do Sul e no mundo, inclusive no gasto por aluno, " No Brasil gasta por aluno por ano 1356 dólares, estamos pior que o méxico, estando apenas a frente da Índia".

Para o jornalista Altamiro Borges, "nós estamos vivendo de ruptura, não sabemos se vai melhorar ou piorar. Ninguém hoje se arrisca a falar do tempo e intensidade dessa crise. Não é qualquer crise. Essa é uma crise estrutural, sistêmica. Não é financeira, é uma crise do 'capitalismo' não é simplesmente uma crise cíclica. Nesse processo a esquerda brasileira precisa ter grande coesão, a mídia faz o papel do capital financeiro, ela amedronta, para combater esse poder precisamos de unidade e grandes movimentações", finaliza o jornalista.

O representante do MST chamou a atenção para o atual contexto social, em que há uma forte tendência de se criminalizar os movimentos sociais. Para ele, a mídia, principalmente por meio da TV, apresenta a questão da reconquista do campo pelo trabalhador como um ato criminoso.

O 57º Coneg tem o objetivo de discutir a participação da juventude na Conferência Nacional de Educação, que acontecerá em 2010, além de promover a mobilização para a jornada de Lutas 2009 e debater a convocação do 51º Congresso da UNE que elege a nova diretoria e presidência da entidade.


Fonte: UNE

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