Mercosul define 4ª Frota como "desnecessária" e "inoportuna"


O Parlamento do Mercosul rejeitou nesta terça-feira (29) o retorno da 4ª Frota dos Estados Unidos a águas da América do Sul e advertiu sobre o risco de que tal decisão gere mais insegurança e uma militarização de conflitos na região.

Em declaração conjunta, os deputados do Mercosul destacaram que a volta a águas sul-americanas da 4ª Frota americana é "desnecessária e inoportuna", pois a região é "pacífica e democrática", e resolve seus conflitos de forma "negociada" e com o princípio de "não-intervenção".

Os membros do Parlamento (formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) analisaram em Montevidéu o anúncio dos EUA de que, a partir deste mês, a 4ª Frota naval, com base em Mayport, Flórida, voltaria a navegar pelos mares da região.

Sua reativação coincide com o processo de criação do Conselho de Defesa da União de Nações Sul-americanas (Unasul), impulsionado pelo Brasil.

O Brasil, cujo Senado já rejeitou a reativação da força naval norte-americana, foi um dos promotores mais ativos da votação apresentada hoje perante a décima primeira sessão do Parlamento do Mercosul.

Outro dos grandes detratores desse passo militar é a Venezuela, candidata à adesão ao Mercosul e que nesta terça-feira foi à reunião parlamentar na condição de observadora.

Segundo o bloco, a reativação dessa maquinaria militar, que envolve "a militarização de conflitos e problemas regionais", pode gerar "uma insegurança hemisférica e comprometer a integração da América do Sul e do próprio Mercosul"


Fonte: Efe

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