Plataforma Eleitoral da UJS

Eleições 2008

O Brasil que queremos passa também pela construção de cidades mais justas,
integradas e sensíveis às necessidades da juventude. Por isso, as eleições
municipais desse ano ganham importância nacional. Elas serão mais um processo
de debates e luta política entre o campo progressista, que deseja mudanças mais
profundas em nosso país, e o campo conservador, que pretende acumular forças
com o objetivo de voltar ao governo federal em 2010.
Devemos aproveitar esse período de efervescência e abertura às discussões
políticas para levantar propostas claras e objetivas que atendam aos interesses da
maioria da juventude, pois somos nós os mais afetados pelos problemas das
cidades. A UJS deve apoiar as candidaturas comprometidas em mudar
definitivamente a cara das cidades e do Brasil. É nossa tarefa ser a linha de frente
juvenil nas campanhas – os mais politizados, os mais dedicados, os mais
comprometidos. Atuando com a disposição, ousadia e criatividade que são
características da militância da UJS conseguiremos ser o diferencial nessa grande
batalha. Afinal, se o presente é de luta, o futuro nos pertence!

Plataforma Eleitoral da UJS

Em 2008, a juventude quer muito mais

Como instrumento de agitação, mas também como fator decisivo para o apoio da
UJS às candidaturas majoritárias e de vereadores, a nossa organização vem a
público nessas eleições exigir:

Queremos educação de verdade – pública, gratuita e de qualidade!
A educação pública brasileira ainda está longe de cumprir o seu papel
fundamental. Para além do acesso à escola, precisamos torná-la parte
fundamental do desenvolvimento humanista da juventude. É de responsabilidade
dos municípios a promoção da educação básica do nível infantil ao fundamental.
Exigimos que os nossos candidatos tenham a educação como um dos pontos
estratégicos de suas plataformas eleitorais.
Propomos:

  • Pela implantação de Centros de Referência da Juventude na rede deensino municipal. Além da educação gratuita e de qualidade, é possível que o poder público ofereça políticas plenas e integrais para a juventude.
  • Propomos a descentralização do acesso à inclusão digital e áudio-visual, às práticas esportivas e de lazer, de promoção da cultura e da ciência, aos cursos profissionalizantes a partir da unificação desses equipamentos nas principais escolas da rede municipal, transformando-as em Centros de Referência da Juventude. Os CRJ devem abrir espaço para a participação das organizações juvenis e entidades locais (como Ass. de Moradores, por exemplo) na sua gestão. Além das salas de aulas, esses espaços podem congregar cineclubes, bibliotecas, anfiteatros, Pontos de Cultura, Programa Segundo Tempo etc. Enfim, a escola pode mais e a juventude merece tudo isso;
  • Para isso, é preciso maior investimento público, qualificação e formação de professores e de profissionais das diversas áreas afins, ampliação das estruturas físicas e articulação com a comunidade escolar e incentivo à livre organização dos estudantes;
  • Passe escolar! Aperfeiçoar os mecanismos de acesso dos estudantes ao transporte público. Onde for possível, devemos avançar para o passe livre mecanismo fundamental para derrotarmos a evasão escolar e garantirmos para a juventude a mobilidade urbana.

Emprego pra juventude!
Ainda somos a maior parcela da sociedade que é atingida pelo desemprego ou
pelo sub-emprego. Somos tratados como mão de obra barata, o que só facilita a
exploração. Muitos ainda são explorados através do trabalho infantil, da
prostituição e do recrutamento de jovens pelo crime organizado. É nesse quadro
que a luta por emprego para a juventude se faz inevitável. Precisamos realizar
uma vibrante campanha em todas as cidades por emprego para a juventude e
pelo acesso de todos à formação profissional de qualidade.
Propomos:

  • Criação e/ou fortalecimento dos programas municipais de qualificação profissional, capacitação e inserção dos jovens no mundo do trabalho;
  • Que os órgãos públicos municipais promovam um verdadeiro programa de estágio para estudantes, voltado para o aperfeiçoamento da nossa formação educacional e que não trate o estagiário como mão de obra barata; Pela efetivação da Lei de Estágio;
  • Criação de programas municipais de crédito e micro-crédito para jovens empreendedores;
  • Política efetiva de geração de renda e de incentivo ao cooperativismojuvenil. Estimular ainda as experiências da economia solidária; Saúde para a Juventude Há questões da saúde pública que afetam mais intensamente a juventude, como são os casos da gravidez indesejada, as doenças sexualmente transmissíveis e as drogas. Essas especificidades têm que ser levadas em conta pelo poder público na formulação das suas políticas. Propomos.
  • Programas de tratamento especializado e acompanhamento de problemas de saúde que incidem especialmente entre os jovens e adolescentes nas Unidades Básicas de Saúde; Ampliação do Programa Saúde da Família com atenção à saúde psicológica e assistência social;
  • Programas e ações de esclarecimento e prevenção da gravidez indesejada voltados para homens e mulheres na juventude e adolescência;
  • Programas e ações de esclarecimento sobre sexualidade e DST/Aids voltados para jovens e adolescentes;
  • Campanhas de esclarecimento e prevenção, bem como tratamentoespecializado e acompanhamento psicológico quando necessário, aos jovens com problemas decorrentes do uso de drogas lícitas e ilícitas;Implementação de políticas de redução de danos;

Cultura, Esporte e Lazer
A cultura é fator decisivo para identidade social e a expressão e manifestação da
cultura popular e juvenil. No esporte enxergamos a possibilidade do
desenvolvimento humano, tanto da mente quanto do corpo. Os espaços de lazer
na cidade são vitais para a integração social e a qualidade de vida. Nossas
cidades ainda não possuem equipamentos ou investem muito pouco em cultura,
esporte e lazer. A UJS defende nessas eleições que esses três temas ganhem
destaque por parte dos nossos candidatos.
Propomos:

  • Ampliação dos orçamentos municipais para a cultura, o esporte e o lazer; Criação de Secretarias de Esporte e de Cultura nos municípios onde elas ainda não existem;
  • As prefeituras devem ampliar e reestruturar os espaços e equipamentos para a prática do esporte, além de criarem seus próprios programas deincentivo ao esporte, nos moldes dos programas “Mais Esporte” e “Segundo Tempo”, já desenvolvidos pelo Ministério do Esporte;
  • Criação e/ou ampliação do Fundo Municipal de Cultura; Implementação de programas como o “Cultura Viva – pontos de cultura” em âmbito municipal;
  • Aproveitamento dos espaços e prédios públicos ociosos para a ampliação de espaços públicos culturais; Criação de zonas livres especiais para a preservação e promoção da vida cultural e de lazer noturna da juventude; A cidade que eu quero sou eu também quem constróiJuventude e Participação

Essa primeira década no novo século foi marcada pela ascensão do protagonismo
juvenil. Nunca o tema juventude esteve tão presente no cotidiano dos movimentos
sociais, das organizações da sociedade civil e na pauta dos governos
progressistas. Como fruto disto, conquistamos junto ao governo do Presidente
Lula a criação da Secretaria Nacional de Juventude, o Conselho e a Conferência
Nacional de Juventude. Além disso, tramita na Câmara dos Deputados o Estatuto,
a PEC e o Plano Nacional de Juventude. Essa idéia já tem se irradiado por
diversos estados e municípios e nestas eleições será preciso avançar mais ainda.
Propomos:

  • Criação e/ou fortalecimento de órgãos municipais para executar as políticas públicas juvenis – PPJs (Secretarias, Coordenadorias, etc).

Dotação orçamentária para as PPJs prevista no Orçamento Anual do Município; Criação ou aperfeiçoamento dos Conselhos Municipais da Juventude;
Realização de Conferências Municipais de Juventude periódicas e que
estas sejam capazes de ampliar a participação e o poder de decisão da
juventude na elaboração e efetivação das PPJs;
Criação dos Planos Municipais da Juventude, instrumentos capazes de
definir as metas e os programas fundamentais e permanentes para que a
juventude, além de participar ativamente da política das cidades, também
conquiste direitos e espaços para o desenvolvimento de suas habilidades,
colaborando assim para que as cidades sejam mais humanas e alegres,
com a cara da juventude brasileira.
Como vimos, nas eleições “a parada é não ficar parado”. Vamos exigir mudanças
e garantir nossos direitos, conquistar novos espaços e eleger candidatos
comprometidos com o progresso e a justiça social, pois cidades melhores são a

base para a construção do Brasil que queremos!

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