Após rico debate sobre as concepções e rumos do Fórum Social ocorrido na mesa de abertura do seminário “10 anos depois: desafios e propostas para um outro mundo possível”, a marcha de abertura do FSM em Porto Alegre ofereceu uma bela demonstração de unidade na diversidade à capital gaúcha nesta segunda-feira (25/1).
Segundo as entidades mobilizadoras, foram cerca de 10 mil participantes em uma “grande marcha, que falou à cidade de Porto Alegre,levantando bandeiras contra o neoliberalismo e o imperialismo, defendendo a Reforma Agrária, a Educação e o desenvolvimento do Brasil”, nas palavras do diretor de comunicaçaõ da União Nacional dos Estudantes (UNE), André Vitral.
Às margens do Guaíba
Todas as cores de movimentos sociais, organizações não-governamentais, entidades e ativistas compuseram o diverso cenário da marcha, que teve seu encerramento sob as entsolaradas margens do rio Guaíba. Ea marcha virou imediatamente público das atrações culturais que se iniciam e prometem animação ao lado de um famoso pôr-do-sol que ainda leva algumas horas por chegar.
Mas o discurso unificou toda a diversidade, com bandeiras já antigas, porém nunca tão atuais, visto que a crise do capitalismo deflagrada em 2008 explicitou algumas contradições já há muito denunciadas pelos movimentos sociais. Esta visão é bem expressa pelo presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil do Rio Grande do Sul (CTB-RS), Guiomar Vidor: “o Fórum Social Mundial foi concebido para ser oposição ao pensamento único e hoje, com essa crise, o fim do que eles chamavam de 'eterno', que é o neoliberalismo, se materializa. Cabe a nós organizar os movimentos sociais e apresentar propostas concretas para o mundo e para o Brasil”.
Guimar defendeu ainda a opinião já encampada por um outro sindicalista no debate da manhã, o João Felício, de que é muito importante que o debate no FSM seja extremamente plural, pois foi esta característica que ajudou a aglutinar uma ampla resistência ao neoliberalismo, mas que é fundamental também que haja um documento e propostas de ação unificadas a partir do Fórum.
Assembleia Nacional dos Movimentos Sociais
Para o presidente da CTB gaúcha, a assembleia dos movimentos sociais do FSM marcada para sexta-feira (29/1), às 10h, na Usina Gasômetro, deve cumprir este papel de estabelecer uma agenda dos movimentos sociais com ações unificadas. Ele destaca ainda a importância dessaassembleia fortalecer a convocação da Assembleia Nacional dos Movimentos Sociais, puxada pela Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) para 31 de maio deste ano, em São Paulo.
De Porto Alegre,
Luana Bonone
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UJS - ACRE
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